SAÚDE

Reguffe articula derrubar veto de Bolsonaro a remédio de câncer

Segundo a justificativa do governo para o veto, o projeto poderia comprometer o mercado dos planos de saúde

Ingrid Soares
Pedro Ícaro*
João Vitor Tavarez*
postado em 28/07/2021 06:00
O presidente ironizou a situação afirmando que não pode sancionar tudo aquilo que vem do Congresso -
O presidente ironizou a situação afirmando que não pode sancionar tudo aquilo que vem do Congresso -

O senador Antônio Reguffe (Podemos-DF) já trabalha pela derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei (PL) que facilita o acesso a remédios orais contra câncer, via planos de saúde. A proposta havia sido aprovada pelo Congresso no início deste mês.

Segundo a justificativa do governo para o veto, o projeto poderia comprometer o mercado dos planos de saúde por não observar aspectos como “previsibilidade”, “transparência” e “segurança jurídica”.

“O projeto gera zero de aumento de despesa pública. Ele mexe só com os planos de saúde. E é mais caro se pagar uma internação para o paciente tomar a quimioterapia na veia do que os comprimidos para ele tomar no conforto de sua casa, de forma oral, sem contar os custos de possíveis infecções posteriores. Vai beneficiar milhares de pacientes com câncer no país inteiro. Já liguei para vários parlamentares e vou explicar um a um a necessidade do projeto. Vamos derrubar o veto”, garantiu Reguffe.

Aos apoiadores, Bolsonaro justificou que foi “obrigado” a vetar o PL, pois o senador não teria apresentado fonte de custeio — e que, caso sancionasse, incorreria em crime de responsabilidade. Na saída do Palácio da Alvorada, o presidente disse que quem protesta contra o veto é por “falta de conhecimento”.

“Vetei um projeto muito bom, fui obrigado. Quando um parlamentar não apresenta a fonte de custeio, se eu sancionar estou incorrendo de crime de responsabilidade. Estou apanhando da imprensa porque vetei, mas o parlamentar não indicou a fonte de custeio. Quem vai pagar a despesa?”, questionou.

O presidente ainda ironizou a situação afirmando que não pode sancionar tudo aquilo que vem do Congresso.

* Estagiários sob a supervisão de Fabio Grecchi

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação