Pandemia

Falta de vacinas leva oito capitais a suspenderem aplicação da 1ª dose

Ministério da Saúde anunciou a distribuição de 10,2 milhões de doses para todo o país. Enquanto não retomam a primeira etapa da imunização, prefeituras investem em campanhas para estimular a população a tomar a segunda dose

Pedro Ícaro*
postado em 26/07/2021 20:49
 (crédito: Bárbara Cabral/Esp/CB/D.A Press)
(crédito: Bárbara Cabral/Esp/CB/D.A Press)

Oito capitais do país interromperam a aplicação da primeira dose devido à falta de imunizantes: Belém (PA), Campo Grande (MS), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Vitória (ES).

Em nota, o Ministério da Saúde informou que iniciou, nesta segunda-feira (26/07), a distribuição de mais de 10,2 milhões de doses da vacina para a Covid-19 para estados e o Distrito Federal. A pasta acrescentou que enviou 696,7 mil para o estado do Rio de Janeiro, e que a distribuição das doses aos municípios é de responsabilidade das secretarias estaduais de saúde.

“Semanalmente, [o Ministério] realiza reuniões entre representantes da União, estados e municípios para a definição da estratégia de vacinação e o quantitativo de doses a serem distribuídas, calculado de acordo com o público alvo, definido no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO). O ministério reforça que os gestores locais devem seguir o que é pactuado para garantir o esquema vacinal de todos os grupos”, detalhou a nota do governo federal.

Capitais sem vacina

Em nota divulgada no fim de semana, a Secretaria de Saúde de Maceió informou que a primeira dose das vacinas contra a Covid-19 está suspensa por faixa etária. A interrupção também afetou grávidas e puérperas com até 45 dias após o parto. A dose inicial volta a ser aplicada quando chegarem novas vacinas, previstas para os próximos dias. Há uma expectativa de reposição de 180 mil doses para Alagoas nos próximos dias. 

“A segunda dose da Astrazeneca marcada para até o dia 31 foi antecipada e está disponível em oito pontos de vacinação. Quem vai tomar a segunda dose da Coronavac deve se dirigir apenas no Shopping Pátio, na parte alta de Maceió”, disseram.

Em João Pessoa. a imunização também está suspensa. A aplicação das segundas doses da Coronavac e Astrazeneca, segundo dados informados pela Secretaria de Saúde do município, prossegue. Em Campo Grande (MS) a vacinação está paralisada desde o dia 22. "O Município aguarda o recebimento de uma nova remessa de vacinas do Ministério da Saúde para abrir calendário de primeira dose”, informou o governo local.

Nesta segunda-feira (26/07), Florianópolis promoveu ações para estimular a aplicação da segunda dose, com objetivo de conscientizar sobre a importância da imunização completa. “Para avançar na aplicação da primeira dose, a administração municipal aguarda o recebimento de mais imunizantes”, esclareceu a administração municipal.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, após o Ministério da Saúde prometer o envio de nova remessa de vacinas, a capital vai retomar o calendário de vacinação ainda nesta quarta-feira (28). A distribuição das doses aos municípios fluminenses ficará a cargo da Secretaria de Estado de Saúde. Desde o início da campanha de vacinação, a SES já realizou a distribuição de mais de 14 milhões de doses do imunizante.

“De acordo com informações do Ministério da Saúde, o estado deverá receber a partir desta segunda-feira (26.07) 266.600 doses de Coronavac para primeira e segunda aplicação e 139.400 de Oxford/Astrazeneca para segunda dose e 177.840 dose de Pfizer para primeira e segunda aplicação. A distribuição do imunizante aos municípios está programada para esta terça (27.07) e quarta-feira (28.07)”, informou a administração carioca.

A capital baiana também realiza mutirão da segunda dose nesta segunda-feira (26/07) e aguarda o envio de imunizantes pelo Ministério da Saúde para prosseguir com o calendário da primeira dose, segundo informações da Secretaria Municipal de Salvador (SMS). Em Vitória (ES), a prefeitura está aplicando apenas a segunda dose da Astrazeneca e aguarda mais imunizantes do Ministério.

O Correio entrou em contato com todas as capitais citadas para mais esclarecimentos. A reportagem será atualizada em caso de resposta.

*Estagiário sob supervisão de Carlos Alexandre de Souza 

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