IMPORTUNAÇÃO SEXUAL

Dentista teria se masturbado enquanto atendia adolescentes em consultório

Na segunda-feira (12), adolescente de 17 anos acusou o dentista de se masturbar enquanto a atendia, em Juiz de Fora; mais 4 denúncias vieram à tona

Bruno Luis Barros - Especial para o EM
postado em 15/07/2021 23:05 / atualizado em 15/07/2021 23:05
O suspeito foi conduzido pela PM à 7ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Juiz de Fora, que ratificou o flagrante. O dentista foi solto pouco depois -  (crédito: Google Street View/Reprodução)
O suspeito foi conduzido pela PM à 7ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Juiz de Fora, que ratificou o flagrante. O dentista foi solto pouco depois - (crédito: Google Street View/Reprodução)

No mínimo cinco adolescentes acusam um dentista de Juiz de Fora de importuná-las sexualmente. O autor foi preso e deu entrada no sistema penitenciário de Matias Barbosa na madrugada dessa terça-feira (13/7), mas foi solto poucas horas depois.

A ocorrência mais recente teve início na segunda-feira (12/7), quando uma adolescente de 17 anos foi até o consultório dentário do profissional, localizado no Bairro Santa Cruz, na Zona Norte da cidade, para realizar a manutenção de seu aparelho.

Durante o atendimento, a jovem flagrou o dentista se masturbando com uma das mãos. Ela saiu correndo, comunicou o fato para sua mãe, que acionou a Polícia Militar (PM).

O flagrante foi ratificado na 7ª Delegacia Regional de Polícia Civil do município da Zona da Mata mineira, e o suspeito encaminhado para o sistema prisional.

Após a exposição do caso na mídia local, outras quatro vítimas, com idades entre 15 e 17 anos, procuraram a delegacia entre terça-feira (13/7) e esta quarta-feira (14/7) para denunciar o dentista. Todas elas relataram o mesmo modo de agir na importunação sexual.

O caso foi encaminhado à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, que agora prossegue com a investigação deste caso e das demais denúncias que vieram à tona.

A delegada Ione Barbosa – que assumiu as diligências – concedeu uma entrevista ao Estado de Minas e falou sobre o andamento das investigações, além de fornecer detalhes do fato mais recente.

“Apesar do crime ter acontecido nessa segunda-feira, a adolescente já estava desconfiada do suspeito há mais de três meses. Ela ia até o consultório para ajustar o aparelho, mas começou a perceber que não estava sentindo mais aquela dor característica após a manutenção”, inicia a delegada.

A intenção do autor do crime, portanto, seria estimular a volta da paciente ao consultório em espaços mais curtos de tempo.

“Em todos os atendimentos, a vítima, quando deitada, ouvia barulhos estranhos. Ele sempre realizava o atendimento com apenas uma mão. Na segunda-feira, ele se descuidou e ela, quando levantou, flagrou o autor com o órgão genital exposto. Ele se assustou e se cobriu com o jaleco”, detalha a titular da 4ª Delegacia de JF.

As investigações preliminares apontam que o dentista vem vitimando mulheres há pelo menos cinco anos. “Todas as vítimas dele até agora relatam o mesmo modo de agir na conduta criminosa.

Uma dessas novas denúncias foi feita por uma garota de 15 anos. O caso teria acontecido quando ela tinha apenas 10, mas a mãe, na época, não quis denunciar”, destaca.

A delegada, que também preside o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher em Juiz de Fora, encaminhou um ofício ao Conselho Regional de Odontologia de Minas Gerais solicitando que o dentista tenha o direito de exercer a profissão suspenso até o término das investigações.

Orientações para outras possíveis vítimas

A delegada Ione Barbosa orienta que outras mulheres, vítimas do dentista, podem procurar a 7ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Juiz de Fora, no Bairro Santa Terezinha, das 8h30 às 17h, para registro de denúncia.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação