COVID-19

Após 60 dias na UTI, mulher conhece filha dois meses depois do parto

Maria do Céu foi contaminada pela covid-19 aos oito meses de gestação e teve que antecipar o parto para não prejudicar a filha. Ela sobreviveu após terapia com ECMO

Correio Braziliense
postado em 08/07/2021 22:06 / atualizado em 08/07/2021 22:07
 (crédito: Divulgação)
(crédito: Divulgação)

O primeiro abraço entre mãe e filho, logo após o parto, é um momento considerado inesquecível na maternidade. É o encontro tão esperado após nove meses de espera. No caso de Maria do Céu, 36 anos, e da filha, Maria Ana, o momento teve que ser adiado. Diagnosticada com covid-19 aos oito meses de gestação, em maio deste ano, Maria teve que passar por uma cesárea para não contaminar o bebê e foi internada para utilizar um pulmão artificial, o que a separou da filha por 60 dias.

Na última sexta-feira (2/7), as duas finalmente se conheceram. O marido de Maria e os familiares aproveitaram a ocasião para celebrar a alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da mulher e o ‘mesversário’ de Maria Ana — ela completou dois meses de vida.

Dois meses após o parto, Maria pode, finalmente, tocar, abraçar e amamentar a filha
Dois meses após o parto, Maria pode, finalmente, tocar, abraçar e amamentar a filha (foto: Divulgação)

A recuperação de Maria do Céu é classificada como um milagre pelos médicos. Ela foi a primeira paciente no Rio Grande do Norte a sobreviver à covid-19 com o auxílio do tratamento com ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea).

Para fazer o tratamento, a família teve que se mobilizar para reunir recursos que cobrissem os custos. De acordo com os familiares, a terapia custou mais de R$ 100 mil, mas foi escolhida porque era a única forma de salvar a vida de Maria.

Os profissionais da unidade comemoraram o avanço no quadro e recepcionou as duas com balões de festa no leito clínico em que a mulher vai continuar a se recuperar do lado da filha, aproveitando cada minuto.

Balões e bolo de festa foram escolhidos para comemorar a alta de Maria e o mesversário do bebê
Balões e bolo de festa foram escolhidos para comemorar a alta de Maria e o mesversário do bebê (foto: Divulgação)

 

Ajude outra mãe na mesma situação 

Uma campanha de arrecadação busca fazer outra mãe e filha se conhecerem. Lígia Teixeira Pinheiro, de 31 anos, foi internada com covid-19 e teve que passar por um parto prematuro, no Rio de Janeiro. Quando estava se recuperando, Lígia sofreu uma parada cardíaca e entrou em coma. O plano de saúde dela não cobre os elevados custos da internação e do tratamento. 

A família explica que Lígia é professora de matemática e sonhava em ser mãe. No parto prematuro, Clara nasceu com 8 meses e sofreu parada cardíaca, mas foi reanimada e se recupera, enquanto a mãe segue em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Saiba mais e como ajudar aqui. 

 

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  • Maria do Céu foi contaminada pela covid-19 aos oito meses de gestação e teve que antecipar o parto para não prejudicar a filha. Ela sobreviveu após terapia com ECMO
    Maria do Céu foi contaminada pela covid-19 aos oito meses de gestação e teve que antecipar o parto para não prejudicar a filha. Ela sobreviveu após terapia com ECMO Foto: Divulgação
  • Dois meses após o parto, Maria pode, finalmente, tocar, abraçar e amamentar a filha
    Dois meses após o parto, Maria pode, finalmente, tocar, abraçar e amamentar a filha Foto: Divulgação
  • Balões e bolo de festa foram escolhidos para comemorar a alta de Maria e o mesversário do bebê
    Balões e bolo de festa foram escolhidos para comemorar a alta de Maria e o mesversário do bebê Foto: Divulgação
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