FRIO

Dias gelados pelo menos até o final da semana

Correio Braziliense
postado em 01/07/2021 00:43
 (crédito: Reprodução/Polícia Militar Rodoviária SC)
(crédito: Reprodução/Polícia Militar Rodoviária SC)

A massa de ar polar continua exercendo forte influência sobre a Região do Sul do País. Ontem foi o terceiro dia seguido em que cidades das serras Gaúcha e Catarinense registraram neve ou chuva congelada e temperaturas negativas. Os termômetros de Bom Jardim da Serra e Urupema, na região serrana de Santa Catarina, registraram -4°C na madrugada. A previsão é de que a onda de frio permaneça intensa pelo menos até este final de semana, segundo dados da Climatempo.

Segundo a Epagri/Ciram, de Santa Catarina, a neve ocorreu devido ao frio aliado à umidade ainda presente na região, favorecida pelo ciclone Raoni, que está se deslocando em alto-mar. A previsão ainda é de frio e geada nos próximos dias. Já no Paraná, segundo a Simepar, as condições atmosféricas continuam favoráveis para a ocorrência de geadas em quase todas as regiões, o que tem afetado a produção de milho no estado.

Junho, aliás, terminou com um duplo recorde de frio na cidade de São Paulo. Ontem foi o dia mais frio de 2021, até agora, quando a capital paulista teve a madrugada e a tarde mais gelada do ano. Por conta disso, entidades ligadas à proteção da população de rua relataram a morte de um homem na Praça da Sé, no centro da cidade, possivelmente ligada às baixas temperaturas.

A capital paulista registrou, ao amanhecer, a menor temperatura em cinco anos: 6,3ºC. Diante das baixas temperaturas, a Defensoria Pública recomendou providências voltadas para a população de rua a fim de evitar mortes.

Segundo levantamento do Movimento Nacional da População de Rua (MNPR), morreram sete pessoas em situação de rua no inverno de 2020 e outras sete no inverno deste ano. A Prefeitura de São Paulo não confirmou a causa da morte verificada na Praça da Sé.

Segundo o padre Julio Lancelotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua, nem sempre é simples verificar se a causa da morte de moradores de rua é o frio. “Nas madrugadas frias, os corpos vão para a necropsia e não conseguem detectar se foi por hipotermia”, disse. Doenças que a população de rua tem, diz o padre, são agravadas nas baixas temperaturas.


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