Sete pessoas morreram por conta do frio nas ruas da cidade de São Paulo entre terça e quarta-feira (30/6), de acordo com o Movimento Estadual dos Moradores em Situação de Rua. Entre as mortes, quatro foram registradas na última madrugada, considerada a mais fria dos últimos cinco ano, com temperatura mínima de 6º C.
O movimento indicou que as vítimas estavam na região da Praça da Sé, na Baixada do Glicério, na Barra Funda e no Metrô Tiradentes. A constatação das mortes é responsabilidade do Serviço de Verificação de Óbitos ou do Instituto Médico Legal, quando é atestada causa externa.
A prefeitura não atesta as mortes porque ambos órgãos são estaduais. Os casos serão analisados para provar se os óbitos foram causados por hipotermia ou se há alguma outra relação com o frio registrado na cidade.
Conforme informações da organização, outras mortes também aconteceram nos últimos dias. Ainda foram identificadas óbitos na região da Mooca e na praça Pátio do Colégio, no centro de São Paulo.
Em nota enviada ao Correio, o Movimento Estadual dos Moradores em Situação de Rua afirmou que as informações sobre os casos foram obtidas "através da própria população de rua que atendemos, que se encontra nos locais do fato, e presencialmente". A organização disse que "lamenta as mortes ocorridas por hipotermia e por falta de políticas públicas".
Dados do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura de São Paulo mostram que a temperatura chegou 1,6ºC em Parelheiros e 0,1ºC no distrito de Marsilac. Além disso, a previsão é de que a madrugada de quinta-feira (1º/7) possa produzir um novo recorde de temperatura mínima, mas a situação melhora durante o dia e a expectativa é de que a máxima chegue até 18°C.
*Estagiário sob supervisão de Mariana Niederauer