Vacinação contra covid-19

No foco da CPI, Precisa pede à Anvisa autorização para uso emergencial da Covaxin

Contrato do Ministério da Saúde com a Precisa Medicamentos, representante no Brasil do laboratório indiano Bharat Biotech, é alvo de investigações da CPI da Covid

Alvo de investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, a Precisa Medicamentos, representante do laboratório indiano Bharat Biotech no Brasil, solicitou nesta terça-feira (29/6) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a autorização para o uso emergencial da vacina Covaxin.

O órgão regulador anunciou que recebeu o pedido e iniciou a triagem dos documentos enviados pela empresa. "As primeiras 24 horas serão utilizadas para fazer uma triagem do processo e verificar se os documentos necessários para avaliação estão disponíveis", informou em nota.

A partir dai, com todos os documentos necessários em mãos, a Anvisa pode levar de sete a 30 dias para definir se autoriza ou não o uso emergencial da vacina no Brasil.

Importação

Segundo a Precisa Medicamentos, a autorização para uso emergencial "é a única etapa que falta para que 20 milhões de doses comecem a ser importadas e aplicadas no Brasil". O Ministério da Saúde assinou contrato com a farmacêutica indiana Bharat Biotech para a compra do imunizante em 25 de fevereiro, mas até o momento o Brasil não recebeu nenhuma dose do imunizante, que até o início deste mês não tinha autorização para ser importado ao país. 

Em 4 de junho, a Anvisa aprovou a importação excepcional de 4 milhões de doses da Covaxin pelo Ministério da Saúde, que deve aplicar o imunizante somente sob condições específicas determinadas pela Anvisa. Mesmo com a aprovação da importação da vacina, o governo federal ainda não recebeu nenhuma dose da Covaxin.

O contrato de R$ 1,6 bilhão para aquisição de 20 milhões de doses da Covaxin é alvo de investigação da CPI da Covid. 

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