A prisão e morte do foragido Lázaro Barbosa na manhã desta segunda-feira (28/6) repercutiu em todo o país. Nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou a ação da polícia goiana com uma frase “Lázaro: CPF cancelado”, escreveu. Logo em seguida o mandatário voltou a se pronunciar pelo Twitter parabenizando os agentes envolvidos na megaoperação. “O Brasil agradece! Menos um para amedrontar as famílias de bem”, declarou.
Outros membros do governo seguiram a mesma linha do presidente nos comentários do caso. Um dos exemplos é o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo. “Lázaro já está no Inferno (...) vidas bandidas não importam”, escreveu também pelo microblog. Em seguida recomendou que a “esquerda faça um filme glorificando Lázaro”.
Custos altos e queima de arquivo
Na outra ponta, influenciadores e políticos questionam o ‘sucesso’ da operação, que durou 20 dias e envolveu uma ação conjunta das polícias do Distrito Federal e de Goiás, com recursos públicos dos dois territórios. “Ele estava sendo acobertado por fazendeiros e sendo investigado por cumprir ordens de assassinato. Morreu sem falar nada, sem entregar ninguém”, escreveu o influenciador Leví Kaique Ferreira. Ele argumentou que, sem que seja revelada a identidade dos mandantes, o terror na região pode continuar. “Outros Lazaros vão continuar atuando e a mídia vai sair de cima do caso”.
Questão semelhante foi levantada pela deputada federal Talíria Petrone (PSOL/RJ). “Finalizadas as buscas por Lázaro, ficam as perguntas: a quem interessa a morte de uma pessoa que precisava ser investigada? Quais segredos Lázaro carregava com ele? O Estado precisa responder”, colocou a parlamentar.