A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu, nesta segunda-feira (28/6), dois líderes religiosos, de 39 e 49 anos, suspeitos de cometer vários crimes ligados à exploração sexual em Lavras, no Sul do estado. As prisões aconteceram durante a Operação Acalento.
A dupla é suspeita, segundo a investigação, de usar a religião para cometer crimes como estupro de vulnerável, tráfico de pessoas, violação sexual mediante fraude, fornecimento de drogas para adolescentes e corrupção de menores.
Tudo começou em fevereiro, após a equipe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher receber denúncias de casos de exploração sexual.
Ao menos três vítimas conversaram com os policiais e contaram alguns detalhes, como que os crimes aconteciam em um centro religioso. Testemunhas também confirmaram as versões.
As vítimas teriam sido abusadas sexualmente, ou presenciado os abusos pelos suspeitos, que também ofereciam drogas e bebidas a adolescentes e os levavam para cometer crimes, como furtos.
As pessoas que seriam abusadas acreditavam que não poderiam recusar o que era oferecido pelos suspeitos por serem representantes religiosos. A partir disso, os abusos sexuais eram cometidos.
Uma das vítimas relatou que foi obrigada a manter relações sexuais, senão eles não comprariam medicamentos para o irmão dela, que é portador de HIV.
Já em relação ao fato de usarem da religião para que os adolescentes cometessem furtos, os suspeitos deixavam as vítimas até mesmo sem alimentação como forma de pressioná-los.
No centro religioso, dois irmãos, de 16 e 17 anos, relataram que recebiam moradia e alimentação em troca de trabalho, fazendo inclusive a limpeza do local.
Mesmo com os depoimentos já colhidos, a Polícia Civil espera que novas vítimas compareçam à delegacia para contar outros eventuais crimes.
Os nomes dos presos não foram revelados, por isso não foi possível localizar as defesas para comentar o caso.
Saiba Mais
- Mundo Avanço da variante Delta, a indiana, leva a novas restrições em todo o mundo
- Cidades DF Lázaro Barbosa: na véspera de ser morto, disse que daria 'tiro na cara' dos policiais
- Brasil Não é só efeito da pandemia: por que 19 milhões de brasileiros passam fome
- Política O que é prevaricação, crime que CPI da Covid investiga se Bolsonaro cometeu no caso Covaxin
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.