Vinte pessoas se reuniram na Avenida Beira Mar, em Fortaleza (CE), na tarde deste sábado (5/6) em ato em defesa do meio ambiente. O grupo criticou a postura do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) com a agenda ambiental: faixas com as frases “Governo Bolsonaro é genocida e ecocida” e “Bolsonaro impõe genocídio, ecocídio e provoca o pior: as mudanças climáticas” foram mostradas a carros que passavam pela rua da cidade.
O protesto faz parte da Marcha Mundial por Justiça Climática, que, segundo os manifestantes, ocorre em 100 países. “Esta data será marcada em todo o Brasil por atos virtuais e ações simbólicas nas ruas para denunciar as ações nefastas do governo Bolsonaro e da gestão de Ricardo Salles”, pontua o grupo em post nas redes sociais.
Os organizadores do evento afirma que “a negação da ciência” e “os incentivos à exploração predatória da Amazônia brasileira” resultam em um “genocídio e ecocídio” no Brasil, que está “submetido a uma violência socioambiental máxima e monstruosa” de Bolsonaro.
Roberto Ferdinand, professor e um dos organizadores da Marcha no Brasil, afirma que a mudança climática derivada por agressões ao meio ambiente gerará mais mortes que a covid-19.
“Queremos fazer um alerta pra humanidade, para todos os brasileiros: o governo Bolsonaro está destruindo o meio ambiente fazendo garimpo, colocando soja e gado. Nunca houve um ecocídio deste tamanho. A mudança climática que está vindo será muito pior que a covid-19”, pontua. Confira a fala do professor na íntegra:
Ministro do meio ambiente de Bolsonaro é investigado por proteger madeireiras
Mais importante nome na gestão ambiental brasileira, o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles sofre investigação por suspeita de dificultar a fiscalização ambiental e fraudar documentos para tornar legal uma extração de madeira ilegal.
Essa não foi a primeira vez em que o nome do ministro esteve envolvido em polêmicas contra o próprio setor que gerencia. Em maio de 2020, vídeo de uma reunião ministerial mostra fala em que Salles sugere que o governo aproveite foco da imprensa na covid-19 para “passar boiada”, em uma metáfora para mudar regulamentos e normas ambientais.
Apesar das polêmicas e de conselhos de aliados para demissão de Salles, Bolsonaro se recusa a tirá-lo do cargo.
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