Com a confirmação de que o Brasil sediará a Copa América, que começa já em 13 de junho, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, respondeu, em entrevista exclusiva ao Correio Braziliense, nesta sexta-feira (4/6), que “a exigência da vacinação não é uma obrigação” para os que estão envolvidos diretamente no evento esportivo. A informação vai na contramão do que informou o ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, ao anunciar uma movimentação do governo federal para receber o campeonato. Na ocasião, Ramos havia dito que a imunização seria uma imposição para possibilitar os jogos no país.
Para justificar a dispensa da vacina, Queiroga afirmou ao CB.Poder, programa realizado pelo Correio em parceria com a TV Brasília, que os campeonatos nacionais já estão acontecendo no país. Depois puxou o gancho para as Olímpiadas, que não são sediadas no Brasil. “Esse, sim, um grande evento mundial do esporte”, no qual os atletas brasileiros foram vacinados, bem como todos os que, de alguma forma, vão acompanhar o evento, já que esta foi uma exigência do Japão.
Em 31 de maio, o ministro-chefe da Casa Civil também justificou que o Brasil já está realizando campeonatos nacionais de futebol, um dos motivos para possibilitar receber 10 times. Mas garantiu: “São 65 pessoas por delegação, todos vacinados. Foi imposição que tratamos com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol)”, disse, na ocasião.
Bolha
A estratégia para proteção dos envolvidos e monitoramento da transmissão, no entanto, será a testagem. “Há uma política de testagem dos jogadores e daqueles integrantes da comissão técnica. Caso se encontre positividade, o atleta é imediatamente afastado e isolado. Não tem público nos estádios, os atletas vão sair dos estádios e vão para o hotel. Então, vai se criar uma bolha”, garantiu Queiroga.
O ministro ainda afirmou que a pasta avalia os protocolos da Conmebol e que fará sugestões, se necessário, para aprimorar e tornar segura a realização do evento no Brasil. “Não é incumbência do Ministério da Saúde autorizar realização de eventos esportivos. O Ministério da Saúde tem que assegurar que os protocolos sejam adequados, e as autoridades sanitárias dos municípios e estado têm que fiscalizar o seu cumprimento”, pontuou.
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