A Base Ecológica do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) em Maracá, Roraima, foi assaltada na última segunda-feira (31). Cerca de três brigadistas temporários ficaram reféns de um grupo de oito criminosos encapuzados.
Os assaltantes entraram na base do ICMBio e levaram materiais apreendidos pelo órgão há duas semanas. Também foram roubados quadriciclos e motores de barcos usados pelo órgão.
Segundo informações divulgadas pelo jornal Estado de S.Paulo, os brigadistas foram forçados a levar os equipamentos até a beira do rio. Depois disso foram liberados. Dali, os criminosos seguiram pelo rio Uraricoeira, por onde se chega ao território indígena Yanomami.
Em nota ao Correio, a Polícia Federal informou “que abriu inquérito para apurar os fatos e que descolou para o local uma equipe de policiais federais acompanhados de servidores do ICMBio.” A informação também confirmada pelo instituto ambiental, que não deu detalhes do crime.
Segundo o governo de Roraima, a competência para investigar o caso é da Polícia Federal, e por isso as forças de segurança do estado ainda não foram acionadas para atender a ocorrência.
A Estação Ecológica de Maracá, gerida pelo ICMBio e localizada em Boa Vista (RR), faz parte de um conjunto de ilhas fluviais que compõem o bioma amazônico.
Desde 10 de maio foram registrados ataques armados de garimpeiros em torno da Comunidade de Palimiú — localizado no município Alto Alegre (Roraima), às margens do Rio Uraricoeira, — onde fica a terra indígena Yanomami. O local é alvo de invasão de garimpeiros em busca da extração de minérios.
Diante da violência, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, determinou em 24/5 que a União adotasse medidas de proteção à vida, à saúde e segurança das populações indígenas residentes nas Terras Indígenas Yanomami. A decisão também atendeu o povo Mundukuru (Pará), alvo de ataques violentos de criminosos.
*Estagiário sob supervisão de Carlos Alexandre de Souza
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