Protesto

Em ato contra Bolsonaro em Recife, PM atira bala de borracha em participantes

Protesto, que permanecia pacífico, tomou outro rumo após a polícia jogar bombas e atirar balas de borracha nos manifestantes

Manifestantes se reuniram na manhã deste sábado, 29, na praça do Derby, área central do Recife. Eles protestavam contra o governo Jair Bolsonaro (sem partido), seguiam em direção à Praça do Diario, ponto que dispersaria os manifestantes, quando foram agredidos, de forma truculenta, pela Polícia Militar de Pernambuco (PMPE).

Os tiros com bala de borracha e a agressão com spray de pimenta, que atingiu a vereadora do Recife, Liana Cirne (PT) tiveram início nas imediações da Avenida Guararapes, ponto próximo ao local de finalização do ato. Além de Liana, outros protestantes foram atingidos pela ação da PM. Entre eles, um senhor que estava indo em direção ao centro do Recife. Este repórter do Diario também foi atingido com um tiro de bala de borracha no pé.

A assessoria do Palácio das Princesas informou que seria necessário entrar em contato com a assessoria da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE). Ao entrar em contato com este órgão, o órgão pede para que envie um e-mail para aguardar a emissão de uma nota.

Por meio de vídeo, publicado em suas redes sociais, a vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB) informou que a ordem de dispersar o ato não partiu do governo de Pernambuco.

“Acabo de saber do episódio na [Avenida] Dantas Barreto da violência praticada contra os manifestantes e quero aqui dizer que isso não foi autorizado pelo governo do estado. O governador Paulo Câmara tem se pautado pela democracia, pelo diálogo, e nesse sentido eu falo também como militante que sou, acostumada a estar nas manifestações populares do nosso estado e do nosso país. Nós condenamos esse tipo de atitude e vamos tirar as consequências do acontecido”, afirmou em vídeo.

O protesto, que permanecia pacífico, tomou outro rumo após a polícia jogar bombas e atirar balas de borracha nos manifestantes. O governador Paulo Câmara (PSB) segue, neste momento, reunido com o secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, para definir o que será feito com a organização.

Mais cedo

"Fora ditador, fora genocida, fora Bolsonaro", este é o grito que ecoa no protesto formado por estudantes, professores, profissionais de diversas áreas e militantes, na manhã deste sábado (29), na praça do Derby, área central do Recife. Eles participam de um protesto contra a gestão de Jair Bolsonaro (sem partido). Entre as reivindicações, a saída do chefe do executivo nacional do poder e medidas que atendam a população mais vulnerável. O ato segue em direção a Praça do Diario, ponto de concentração final do protesto.

Os participantes se organizaram em filas, na tentativa de respeitar o distanciamento social. A estudante de direito, Luiza Maria, 22, fala que a presença de jovens em atos como esses é uma sinalização de resistência. Ela pontua que "se em uma Pandemia a gente precisou sair de casa é sinal que o governo está sendo pior que o vírus".

O protesto, que permanecia pacífico, tomou outro rumo após a polícia jogar bombas e atirar balas de borracha nos manifestantes. Durante os atos a favor de Jair Bolsonaro, realizados na Avenida Boa Viagem, área nobre da Zona Sul, não houve repressão por parte da polícia às aglomerações causadas por apoiadores do presidente.

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