No dia em que o Brasil registrou os primeiros casos da variante indiana da covid-19, o país chegou à marca de 444.094 mortes pela doença. Apenas nas últimas 24 horas, foram 2.403 novos óbitos, segundo dados do Ministério da Saúde atualizados nesta quinta-feira (20).
Apesar de o número ser menor do que aquele registrado no auge da pandemia, em abril — quando as mortes diárias chegaram ao patamar de 4,2 mil — os números apontam para um aumento de casos, o que pode levar a altas em internações e óbitos nas próximas semanas. Nas últimas 24 horas, foram 82 mil novos casos confirmados da doença.
Desde o início da pandemia, já foram confirmados 15,9 milhões de casos de covid-19, sendo que o Sudeste é a região com o maior número de infectados: 5,9 milhões. Desse total, São Paulo responde por 3,1 milhões de casos, com 106 mil óbitos.
Em segundo lugar na região está Minas Gerais, que tem 1,4 milhão de infectados e um total de 38,2 mil mortes. No Distrito Federal, já são 396 mil casos confirmados e aproximadamente 8,4 mil mortes. A capital do país já vacinou 580 mil pessoas com a primeira dose e 299 mil com a segunda.
Imunização
A imunização segue a passos lentos enquanto o país depende de insumos para a produção de vacinas. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que produz a vacina da Astrazeneca/Oxford, anunciou hoje que paralisou a fabricação por falta de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA).
A produção deve ser retomada só na próxima terça-feira (25), já que a Fundação espera um novo carregamento de IFA para o próximo sábado (22), que será suficiente, segundo a instituição, para produzir 12 milhões de doses. A Fiocruz espera, no entanto, que a paralisação temporária não tenha impacto em futuras entregas.
O Instituto Butantan também deve receber um carregamento de 3 mil litros de IFA na próxima terça-feira, conforme anunciado pelo embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, em reunião com membros do Fórum dos Governadores. O montante deve ser suficiente para produzir 5 milhões de doses da vacina Coronavac.