A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu um pedido de autorização temporária para uso emergencial, em caráter experimental, da vacina Convidecia contra a covid-19. A solicitação foi feita nessa terça-feira (18/5) pela empresa Belcher Farmac, representante do laboratório chinês CanSino Biologics no Brasil. De acordo com órgão regulador, a análise da documentação foi iniciada e, no momento, está sendo feita a triagem para verificar se todas as informações para a avaliação foram devidamente apresentadas.
A Anvisa deve se manifestar em até sete dias úteis, caso todos os requisitos legais tenham sido cumpridos pela empresa solicitante.
O imunizante CanSino, que é produzido a partir de um adenovírus humano não replicante, foi desenvolvido em parceria com a Academia de Ciências Médicas Militares da China. A vacina é oferecida em apenas uma dose. Os ensaios clínicos da Convidecia foram desenvolvidos no Paquistão, na Rússia, no Chile, na Argentina e no México. Os dados desses estudos serão analisados pela Anvisa.
Antes da formalização do pedido, a agência realizou duas reuniões com representantes do laboratório CanSino, em março. Nas ocasiões, foram apresentados os procedimentos necessários e as informações que a empresa deve fornecer para que o órgão possa analisar o pedido da empresa.
Contato com o Ministério da Saúde
Em postagem em uma rede social, nesta quarta-feira (19), o embaixador chinês, Yang Wanming disse que o laboratório também está em contato com o Ministério da Saúde para tratar sobre os imunizantes. “A vacina CanSino, eficaz com só uma dose, está sendo aplicada na China. O laboratório chinês CanSino já entrou em contato com o Min. de Saúde do Brasil e apresentou o pedido à Anvisa para autorização de uso emergencial no Brasil. A China está comprometida em continuar e ampliar a parceria de vacinas com o Brasil”, afirmou o embaixador.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro