O Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), realizará pesquisa nacional com o objetivo de avaliar aspectos de saúde, segurança no trabalho, valorização e qualidade de vida dos profissionais de segurança pública e fomentar o Programa Nacional de Qualidade de Vida para profissionais de segurança pública — o Pró-Vida.
“Precisamos conhecer as características e necessidades do profissional que está na ponta, trabalhando para proteger a população. O diferencial dessa pesquisa é o compromisso do governo federal de, a partir das informações coletadas, construir políticas públicas baseadas em evidências para valorizar e dar qualidade de vida aos profissionais integrantes do Sistema Único de Segurança Pública (Susp)”, afirmou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.
As expectativas em relação ao programa são altas, como afirma o coordenador-geral de Políticas para Profissionais de Segurança Pública, Paulo Tadeu Silva Pena. “A pesquisa será o maior diagnóstico de Segurança Pública realizada no país. Entretanto, o trabalho não se baseia somente no diagnóstico, mas na proposição de intervenções que possibilitem a construção de indicadores para orientar a elaboração de políticas públicas de segurança e defesa social.”
Em 2018 e 2019, foram realizados encontros técnicos em Brasília e, entre as ações pontuadas pela Rede Pró-Vida como necessárias, foi mencionada uma pesquisa que pudesse dar um panorama da situação dos profissionais de segurança pública em todo o Brasil. “Evidenciou-se que não havia diagnósticos precisos e abrangentes sobre as reais condições de saúde e da qualidade de vida dos profissionais de segurança pública”, explicou Paulo Tadeu.
Em novembro de 2019 a Senasp celebrou um acordo com a Universidade de Brasília.
Além das forças de segurança estaduais, a pesquisa procura abranger também as forças federais: Polícia Federal, Departamento Penitenciário Nacional e Polícia Rodoviária Federal.
Como participar
Cada profissional receberá em seu e-mail um link, a partir de 20 de maio, com o formulário da pesquisa e terá três meses para respondê-la. Concomitantemente, os pesquisadores da UnB também coletarão dados com as organizações, para, assim, ter o diagnóstico organizacional.
A pesquisa é voluntária e sigilosa, não havendo qualquer forma de identificação pessoal do profissional. Os dados serão tratados coletivamente e nenhuma informação pessoal será compartilhada.
Porém, cada instituição poderá solicitar tanto os dados referente ao seu pessoal, como também ter as variáveis de pesquisa para replicação futura, caso necessário, assim como também terão acesso às proposições iniciais de possíveis intervenções e soluções propostas.
*Estagiária sob supervisão de Odail Figueiredo