PANDEMIA

Ministério da Saúde suspende vacinação de grávidas e puérperas sem comorbidades

Além disso, imunização de gestantes e puérperas com comorbidades contra a covid-19 só deve ser feita com a vacina da Pfizer ou com a CoronaVac

O Ministério da Saúde anunciou, nesta terça-feira (11/5), a suspensão temporária da vacinação de grávidas sem comorbidades e a suspensão da aplicação da vacina de Oxford/AstraZeneca nas gestantes com doenças pré-existentes. Segundo a pasta, a imunização de grávidas e puérperas com comorbidades só deve ser feita com a vacina da Pfizer ou com a CoronaVac. A Secretaria de Saúde do DF também havia anunciado a suspensão da vacinação para grávidas na capital.

A decisão respeita a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) expedida nesta segunda (10) e ocorre após a pasta ser notificada de um evento sugestivo de trombose, no qual uma paciente de 35 anos imunizada com a vacina de Oxford/AstraZeneca faleceu no Rio de Janeiro. De acordo com a Anvisa, a mulher sofreu um acidente vascular cerebral hemorrágico que também resultou em óbito fetal. O caso, porém, ainda está em investigação e não há comprovação da relação entre a aplicação do imunizante e o episódio de trombose. 

“Destaco aqui que é porque aconteceu esse evento raro. É uma cautela que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) tem, até o fechamento do caso. E destaco também a importância que essa vacina tem para o PNI, para a população brasileira que está dentro dos grupos prioritários”, disse a coordenadora do PNI, Francieli Fantinato.

Ao todo, 22.295 gestantes foram vacinadas contra a covid-19 no Brasil. E, até 9 de maio, 11 eventos adversos graves foram observados em gestantes que foram vacinadas. Dois deles foram observados com grávidas imunizadas com a vacina da AstraZeneca, oito com a vacina CoronaVac e um com a vacina da Pfizer. Nem todos têm associação causal com a vacina contra a covid-19.

A vacinação de grávidas e puérperas com comorbidades foi mantida pelo Ministério da Saúde, mas só deve ser feita com doses da vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan no Brasil, e pela Comirnaty, imunizante da Pfizer/BioNTech. “O perfil de risco benefício da vacinação neste grupo é altamente favorável”, explicou Fantinato.

Segunda dose

Já em relação às gestantes que tomaram a primeira dose da vacina da AstraZeneca, a recomendação é de que se suspenda a segunda dose até novas informações do Ministério da Saúde. Essas novas orientações serão detalhadas nos próximos dias em uma nota técnica que será emitida pelo Ministério da Saúde.

“Até o final da semana a gente vai estar emitindo a nota técnica com os encaminhamentos para poder orientar a nossa população”, disse a coordenadora do PNI. Fantinato explicou que ainda faltam informações para serem fechadas, mas que os resultados já estão sendo providenciados.

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