CoronaVac

Butantan entrega mais 2 mi de vacinas e segue sem previsão para receber IFA

Instituto paulista prevê o envio de mais 1 milhões de unidades da CoronaVac na próxima quarta-feira (12/5) e, com isso, concluirá a entrega de 46 milhões de doses do primeiro contrato firmado com o Ministério da Saúde

O Instituto Butantan entregou na manhã desta segunda-feira (10/5) mais 2 milhões de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde e, com isso, ficou mais perto de concluir o primeiro contrato firmado com a pasta que prevê o envio de 46 milhões de doses ao governo federal. Ao todo, 45,1 milhões de unidades do imunizante contra a covid-19 foram entregues.

“Estamos entregando, neste momento, 2 milhões de novas doses da vacina do Butantan. Na próxima quarta-feira (12), vamos liberar mais 1 milhão de doses da vacina do Butantan e, assim, concluir o contrato inicial de 46 milhões de doses da vacina”, afirmou o governador de São Paulo, João Doria, durante a liberação das novas vacinas.

A princípio, a entrega das 46 milhões de doses da CoronaVac ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) estava prevista para ser concluída até abril, mas devido ao atraso na importação do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da China não foi possível concluir o envio destas unidades até o último mês.

Os atrasos na chegada dos insumos do país asiático ainda preocupa o Butantan, que depende deles para produção de novas doses da CoronaVac. O último lote de 3 mil litros, recebido em 19 de abril, já foi processado para dar origem a 5 milhões de doses e, por isso, o envase das vacinas foi paralisado.

IFA sem previsão

O diretor do Butantan, Dimas Covas, informou nesta segunda que a situação é a mesma da semana passada e que não há definição da liberação do insumo na China. “Existe a expectativa de 4 mil litros de IFA e esperamos que até a quarta-feira nós possamos ter uma notícia positiva”, disse Covas durante a coletiva de imprensa.

Na última sexta-feira (7), o diretor do Butantan acompanhou uma reunião feita com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, para falar sobre o recebimento de insumos necessários para a produção de vacinas em território nacional.

O encontro dos ministros Marcelo Queiroga (Saúde), Carlos França (Relações Exteriores) e Paulo Guedes (Economia) com o embaixador chinês foi visto como uma tentativa de apagar o incêndio que o presidente Jair Bolsonaro provocou após insinuar que China pode ter criado vírus para guerra química, declaração que desrespeita o principal parceiro comercial do Brasil.

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