Agência Estado
postado em 28/05/2021 20:27
Na madrugada desta quarta-feira, 26, uma moradora de Andradina, no interior de São Paulo, telefonou para o 190, número de emergência da Polícia Militar, fingindo pedir uma pizza. A ligação feita pela mulher, vítima de violência doméstica, na verdade era um pedido de socorro, que foi compreendido pela PM.
Ao atender a ligação, o soldado Cássio Júnior dos Santos, do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), estranhou o pedido e informou que ela estava ligando para o serviço de emergência da PM. Ao responder que sabia, o policial entendeu o recado e solicitou o envio de uma viatura para atendê-la no local.
O acusado fugiu quando percebeu a aproximação da viatura do 28º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM/I). A vítima relatou que o companheiro já esteve preso por mais de 20 anos. Ao perceber a presença da equipe policial, o homem ainda fez ameaças de morte à vítima e seus filhos.
A mulher ainda pediu que os policiais verificassem a moto que ele havia deixado na residência. O veículo, que possuía queixa de furto, foi recolhido para investigação. A vítima foi conduzida ao plantão da Delegacia Seccional de Andradina, onde comunicou os fatos, sendo registrado boletim de ocorrência de ocorrência de ameaça, violência doméstica, receptação e localização de veículo.
Combate à violência contra a mulher
No ano passado, o Governo de São Paulo criou a DDM Online para estimular o registro de ocorrências no período de isolamento social ocasionado pela pandemia de covid-19. Até o final de abril, mais de 27 mil BOs de violência doméstica foram registrados eletronicamente.
Além da DDM Online, das 138 DDMs em funcionamento no Estado, dez atendem 24 horas e todas as demais delegacias paulistas seguem o Protocolo Único de Atendimento em casos de violência contra a mulher, com procedimentos que visam melhor acolher as vítimas.
Para mulheres com medida protetiva expedida pela Justiça, a SSP ainda oferece o serviço SOS Mulher, um aplicativo criado pela Polícia Militar e que funciona como um botão do pânico. Por meio da ferramenta, as vítimas de violência doméstica podem solicitar ajuda apertando apenas um botão no celular.
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