Uma mulher de 37 anos e um homem de 48 foram presos na noite dessa quinta-feira (27/5) em Onça de Pitangui, no Oeste de Minas Gerais, após serem identificados como o casal que aparece torturando um cachorro em um vídeo que se espalhou pelas redes sociais. O animal, de seis meses, desapareceu após ser abandonado em uma estrada.
No vídeo, a mulher aparece rindo e chamando a atenção do cachorro, que tem uma galinha presa ao corpo com fita adesiva. Ela sacode o animal e dá um tapa nele. Em seguida, o homem acende uma bombinha que estava na galinha e eles soltam o cachorro, que grita assustado após a explosão. Além do casal, pelo menos outras duas pessoas são vistas no vídeo.
Após a divulgação das imagens, moradores da cidade acionaram a Polícia Militar (PM). Segundo a corporação, o casal admitiu os maus-tratos ao cão e disseram ter cometido o crime como “castigo” após ele ter atacado e comido algumas aves que eles criam.
Conforme a PM, eles disseram que a galinha já estava morta quando foi presa ao cachorro e gravaram o vídeo com o celular de um deles. Depois disso, eles colocaram o animal de estimação no carro e o soltaram em uma estrada perto de uma fazenda a 3 quilômetros do povoado.
Ainda segundo a polícia, o casal disse que o cachorro é novo e que, por isso, não deve ter conseguido encontrar o caminho de volta para casa.
Na casa foram apreendidas as roupas usadas no vídeo e o celular usado na gravação. Foram apreendidas cinco combas de tamanho médio, facilmente encontradas no comércio, além de uma espingarda de pressão e 22 munições calibre .28.
O homem e a mulher foram levados à Delegacia de Polícia Civil de Pará de Minas. A PM fez buscas pelo cachorro no entorno do povoado para resgatá-lo e proporcionar atendimento veterinário, mas até a manhã desta sexta (28/5) ele não havia sido visto. A polícia de Onça de Pitangui pede ajuda da população para localizá-lo. Quem tiver informações, pode ligar para o 190. ei Sansão
Em setembro do ano passado, foi sancionada a Lei Federal nº 14.064/2020, que amentou a punição para maus-tratos a cães e gatos. A pena varia de dois a cinco anos de prisão, multa e perda da guarda do animal.
A regra, que alterou a Lei de Crimes Ambientais, foi apelidada de “Lei Sansão”, em referência ao pitbull que foi amarrado com um arame farpado e teve as patas traseiras decepadas com um facão em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O agressor foi identificado e denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e deve ser julgado pela Justiça comum.
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