Estão sob sigilo as informações sobre todas as operações da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ), incluindo a realizada na Favela do Jacarezinho, em 6 de maio de 2021. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) é de que os acessos às informações sobre essas operações policiais fiquem restritas pelo prazo de cinco anos.
A operação mais letal da história do estado do Rio deixou 28 mortos, além de diversos feridos. Imagens do dia da ação policial circularam na internet e mostram moradores limpando sangue dos baleados dentro das casas, nas calçadas e na rua.
A Secretaria de Estado de Polícia Civil respondeu, em nota, ao Correio sobre a decisão do STF. "Falar em violação aos Direitos Humanos antes da conclusão das investigações é precipitado e busca politizar a discussão. Os órgãos responsáveis pela investigação têm amplo acesso a todas as informações, sem qualquer sigilo, garantindo a transparência e eficácia da investigação", informou.
Na semana passada, o relator do caso, o ministro Edson Fachin, votou a favor da apuração do suposto descumprimento das restrições de operações policiais nas favelas durante a pandemia.
O julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, a "ADPF das Favelas", que teria o fim no dia 28 deste mês, foi adiada a pedido do ministro Alexandre de Moraes, para ter mais tempo para analisar o caso.
*Estagiária sob supervisão de Hellen Leite
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