Pandemia

Com 790 óbitos, Brasil se aproxima da marca de 450 mil mortos por covid

Levantamentos do Ministério da Saúde e do Conass apontam um acumulado de 449,8 mil pessoas que perderam a luta contra a doença desde o início da contagem, em março do ano passado. Total de brasileiros contaminados já passa de 16,1 milhões e cientistas temem terceira onda

Luiz Calcagno
postado em 24/05/2021 19:34
 (crédito: AFP/Miguel Schincariol)
(crédito: AFP/Miguel Schincariol)

O Brasil chegou a 449.858 mortos por covid-19 nesta segunda-feira (24/5). É o que mostra o Painel Coronavírus do Ministério da Saúde e o levantamento do Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass), que apontam que, ao menos 790 pessoas perderam a luta contra a doença nas últimas 24 horas. O número de infectados no período foi de 37.498, e o acumulado é de mais de 16,1 milhões de pessoas. O país deverá atingir a marca de 450 mil mortes pela doença nos próximos dias.

A 20ª semana epidemiológica, que terminou no sábado (22), contabilizou 13.493 brasileiros mortos pelo vírus. Um aumento em relação à semana anterior, em que 13.399 pessoas perderam a luta contra o vírus. Já o aumento no número de casos por semana epidemiológica foi maior, e saltou de 440.655 na 19a semana, para 460.905 na última, um crescimento de pouco mais de 4,5%.

Ainda de acordo com o levantamento do Conass, a taxa de letalidade da doença está em 2,8%, a taxa de mortalidade é de 214,1 a cada 100 mil habitantes e a taxa de incidência é de 7.671,2 também a cada 100 mil habitantes. O presidente do conselho, Fernando Pigatto, comentou o número de mortes e criticou a manifestação com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, neste domingo (23), no Rio de Janeiro (RJ).

“O presidente da República continua comemorando as mortes, agora com passeios de moto, atos políticos, aglomerando sem usar máscara, sem tomar vacina, trabalhando a favor da proliferação do vírus, que tem causado mortes, adoecimento, tristezas, dor, a muitas famílias no país. Seguiremos denunciando esse absurdo genocídio praticado em nosso país, coordenado pelo presidente da república, mas que também tem seus cúmplices. Vamos seguir em frente transformando o luto em luta”, afirmou o presidente do Conass, Fernando Pigatto.

A manifestação que ocorreu este domingo contou com o aparato tradicional dos atos em apoio ao governo, com ameaças veladas de golpe por parte do presidente e agressões de manifestantes à imprensa. Bolsonaro também levou para o evento o ex-ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, que depôs na CPI do Covid-19, no Senado, se contradisse em diversos momentos, afirmou a parlamentares ser a favor da máscara, mas apareceu em público sem o equipamento de proteção mais uma vez.

A manifestação também ocorre quando o país teme uma terceira onda de contaminações, que pode provocar novo recrudescimento da pandemia e aumento no número de contaminados e mortos, principalmente após a chegada da variante indiana B.1.617 do coronavírus. A cepa já circula no Maranhão e há casos suspeitos, também, no Pará. Os pacientes estiveram no litoral do estado nordestino antes de apresentarem os sintomas da doença.

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