PANDEMIA

Brasil tem mais 1.899 mortes e média semanal de óbitos para de cair

Desde a semana epidemiológica 14, a soma dos casos fatais em sete dias mostrava queda, que foi interrompida com o fechamento de mais um acumulado

Bruna Lima
postado em 22/05/2021 19:45 / atualizado em 22/05/2021 19:46
 (crédito: Fusion Medical Animation/Unsplash)
(crédito: Fusion Medical Animation/Unsplash)

A média móvel de mortes por covid-19 parou de cair com o fechamento, neste sábado (22/5), da semana epidemiológica 20. Foram 13.493 fatalidades registradas nos últimos sete dias, contra 13.399 do respectivo acumulado anterior. A estabilização em altos patamares acende um alerta para a iminência de uma nova onda, tendo em vista a confirmação de casos da cepa indiana no Brasil.

Somente neste sábado (22/5), foram acrescentados mais 76.490 positivos para o novo coronavírus, além de 1.899 vidas perdidas para a doença. Com as atualizações, o país soma 448.208 mortes e ultrapassa as 16 milhões de infecções (16.047.439).

Outro fator que indica possibilidade de novo aumento nas mortes é o alto número de novos casos, fazendo com que a semana se encerre com alta de 4,6% das infecções, na comparação com a anterior. O índice é classificado, ainda, como estabilização.

O alerta já estava presente no último boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz. O grupo verificou a tendência de reversão de queda e aumento em oito das 27 unidades da federação. São elas: Amazonas, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Tocantins, Distrito Federal e Rio de Janeiro.

A interrupção da redução também foi observada na Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, e São Paulo. Também foi verificada a tendência de estabilização em Minas Gerais e Piauí, embora nesses dois estados os indícios não sejam tão claros quanto nos anteriores.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta que grande parte dos estados mantiveram, ainda que durante as quedas, atualizações superiores aos picos da primeira onda. “Tais estimativas reforçam a importância da cautela em relação a medidas de flexibilização, enquanto a tendência de queda não tiver sido mantida por tempo suficiente para que o número de novos casos atinja valores significativamente baixos”, ressaltou.

A preocupação com a estabilização em altos patamares foi expressa pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante coletiva de imprensa deste sábado (22). "Devemos nos irmanar para procurar conter a circulação do vírus. Seja variante indiana, de Manaus, do Reino Unido". Ele reforçou que a vacinação é uma aliada nesse processo, mas soma-se a ela o controle sanitário as medidas não farmacológicas e a ampliação da testagem. "É na soma dessas ações que teremos o melhor resultado no enfrentamento à pandemia".

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