COVID-19

Doria diz que Butantan receberá insumo da China para vacina no dia 28

A previsão é que seja um lote com 4 mil litros de IFA, suficiente para produzir 7 milhões de doses do imunizante Coromavac

Sarah Teófilo
postado em 17/05/2021 17:10 / atualizado em 17/05/2021 17:11
 (crédito: NELSON ALMEIDA)
(crédito: NELSON ALMEIDA)

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou, na tarde desta segunda-feira (17/5), que o governo chinês deve enviar, no próximo dia 26, ao Instituto Buitantan, uma nova remessa de insumo farmacêutico ativo (IFA) para a produção da Coronavac, vacina contra covid-19 da chinesa Sinovac envasada no Brasil pelo instituto paulista.

A previsão é que seja um lote com 4 mil litros de IFA, quantidade suficiente para produzi 7 milhões de doses do imunizante. A carga será enviada pela Sinovac, com sede em Pequim. Esta é só parte dos insumos que estão no país asiático. Na última sexta-feira (14), Doria disse que um novo lote de IFA estava pronto para ser embarcado para o Brasil, aguardando apenas autorização do governo da China, e que eram 10 mil litros de IFA, suficiente para produzir 18 milhões de doses da vacina.

Na ocasião, o Butantan entregou mais 1,1 milhão de doses ao Ministério da Saúde, mas suspendeu a produção por falta de IFA, enquanto aguardava autorização do governo chinês para a exportação do produto ao Brasil. Doria atribui as dificuldades a declarações classificadas por ele como “desastrosas” do governo brasileiro. "É muito ruim quando temos um país cujo presidente agride um outro país no momento em que mais precisamos de vacinas", disse.

O Butantan também afirma que questões diplomáticas podem interferir diretamente no cronograma de liberação de novos lotes de insumos, não havendo outros entraves para a disponibilização do IFA ao instituto. No começo do mês, o presidente Jair Bolsonaro insinuou que a China criou o coronavírus como parte de uma guerra química. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nega que o problema seja diplomático.

 

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