Rio de Janeiro

Benny Briolly, vereadora trans de Niterói, deixa o país após ameaças de morte

De acordo com a assessoria, desde que foi eleita, Benny já sofreu uma série de violências

Victória Olímpio
postado em 14/05/2021 10:41
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

A vereadora Benny Briolly (PSOL), primeira parlamentar trans eleita em Niterói, no Rio de Janeiro, precisou deixar o país após receber ameaças de morte. O comunicado foi feito pela assessoria dela, via Facebook, na noite desta quinta-feira (13/5).

"A vereadora Benny Briolly precisou sair temporariamente do país por conta de ameaças a sua integridade física. Não é de hoje que parlamentares negras, travestis, mulheres, LGBTQIA + e defensoras dos direitos humanos sofrem com a violência política dentro e fora dos espaços legislativos e de tomadas de decisões", informou a nota nas redes sociais da vereadora.

Desde que foi eleita, Benny sofreu uma série de violências: "De lá para cá, são incontáveis as agressões que sofre nas ruas e nas redes. Como, por exemplo, um e-mail citando seu endereço que exigia sua renúncia do cargo; caso contrário iriam até sua casa matá-la. Além disso, Benny recebeu comentários em suas redes sociais desejando que 'a metralhadora do Ronnie Lessa' a atingisse".

Ainda segundo a nota, vários ofícios foram enviados a "várias instâncias", mas até o momento nenhuma medida efetiva foi tomada. O texto resalta que, para assegurar a vida da vereadora, "o PSol precisou tomar a medida drástica de tirar Benny do país. O que é absurdo e incompatível com o Estado democrático. Benny segue acompanhando as sessões plenárias da Câmara Municipal de Niterói, que, por conta da pandemia, estão sendo virtuais".

 

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação