Após informar, nesta segunda-feira (10/5), que ainda não há definição da China para a liberação dos insumos necessários para produzir a CoronaVac, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, admitiu preocupação com o cronograma de vacinação do país, que segundo ele, poderá sofrer impacto a partir de junho.
“Para maio, temos a entrega desta semana, 2 milhões entregues hoje, mais 1 milhão na quarta (12) e 1,1 milhão na sexta (14), e a partir daí não teremos mais vacinas porque não recebemos o IFA (ingrediente farmacêutico ativo). [A situação] Preocupa muito sem dúvida nenhuma. O cronograma de vacinação, a partir de junho, poderá sofrer algum impacto”, afirmou Covas em coletiva de imprensa, realizada após a entrega dos 2 milhões de doses ao governo federal.
O diretor do Butantan explicou que há a expectativa de liberação de 4 mil litros do IFA da China, mas que a data de embarque deste novo lote de insumos ainda não está definida. “Esperamos que, até quarta-feira, nós possamos ter uma notícia positiva”, disse.
O atraso na chegada dos insumos do país asiático impossibilitou que o Butantan concluísse a entrega dos 46 milhões de doses da CoronaVac, anteriormente prevista para ser finalizada até abril. Essas unidades fazem parte do primeiro contrato firmado entre o instituto e o governo federal.
A conclusão da primeira parte do contrato será feita nesta quarta-feira (12), quando o Butantan entrega mais 1 milhão de unidades e somará 46,1 milhões de vacinas enviadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Segundo contrato
Um segundo contrato para a compra de mais 54 milhões de doses da CoronaVac também foi assinado pelo Ministério da Saúde. As unidades estavam previstas para serem entregues até setembro pelo Butantan e o instituto chegou a anunciar a antecipação da entrega para agosto.
Sem previsão de chegada do IFA, contudo, Dimas Covas informou que a situação ficou indefinida. “Nós temos a previsão de entrega dos 100 milhões até setembro, tínhamos feito um adiantamento dessa previsão para agosto, mas, neste momento, tudo fica em interrogação”, ponderou.
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