Caso Henry Borel

Jairinho enforcou Monique dias antes da morte de Henry Borel, diz babá

De acordo com a polícia, os diálogos demonstram que a casa vivia uma rotina de violência

Correio Braziliense
postado em 05/05/2021 15:36
 (crédito: Reprodução/TV Globo)
(crédito: Reprodução/TV Globo)

Mensagens encontradas no celular da babá de Henry Borel indicam que o vereador Dr. Jairinho agrediu e chegou a enforcar a namorada Monique Medeiros, cinco dias antes da morte do filho dela. As informações constam no inquérito sobre o caso. A criança de cinco anos morreu em 8 de março. A mãe e padrasto foram indiciados por homicídio duplamente qualificado.


Em uma troca de mensagens pelo celular, a babá da criança, Thayná de Oliveira Ferreira disse ao seu pai que Jairinho estava ameaçando sair de casa depois de ter batido em Monique. "As malas dele está lá. Ele bateu nela. Enforcou. E ela disse que ele vai sair. Mas que vai ficar pagando as coisas dela. Senão vai f* ele. Aí ele tá com o rabo entre as pernas", escreveu. De acordo com a polícia, os diálogos demonstram que a casa vivia uma rotina de violência. 

Na troca de mensagens, Thayná diz que Monique exigiu que Dr. Jairinho continuasse pagando suas contas para que ela não o denunciasse.  

A babá está sendo investigada por falso testemunho. Na primeira vez em que ela prestou depoimento, ela disse que nunca tinha presenciado o Dr. Jairinho agredindo a criança e nem Monique. Além dos relatos de que o parlamentar agrediu a namorada, no celular dela, a polícia também encontrou mensagens trocadas com Monique que mostram que Henry também era agredido. 

Apesar do relato de agressão, a polícia não quis colher novo depoimento de Monique. Em uma das cartas que a professora escreveu dentro da prisão, ela narra agressões e diz que foi manipulada pelo parlamentar. Ela nega, no entanto, que tenha presenciado alguma agressão de Jairinho a Henry.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou, na terça-feira (4/5), Monique e jairinho por homicídio duplamente qualificado pela morte de Henry. Os dois estão presos desde 8 de abril.

O inquérito foi enviado para o Ministério Público do Estado do Rio de janeiro que irá decidir se denuncia o casal pelos crimes. Caso eles sejam condenados, podem pegar uma pena que pode variar de 12 a 30 anos de prisão. 

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação