O ator e humorista Paulo Gustavo morreu nesta terça-feira (4/5), às 21h12, vítima da covid-19. Segundo boletim médico, "em todos os momentos de sua internação, tanto o paciente quanto os seus familiares e amigos próximos tiveram condutas irretocáveis, transmitindo confiança na equipe médica e nos demais profissionais que participaram de seu tratamento".
"A equipe profissional que participou de seu tratamento está profundamente consternada e solidária ao sofrimento de todos", diz a nota. Mais cedo, um boletim médico informou que o quadro de saúde do ator era irreversível, mas que continuava com sinais vitais presentes.
O humorista, conhecido pelo papel de Dona Hermínia, na franquia Minha mãe é uma peça, deu entrada em 13 março no Hospital Copa Star, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, para observação e cuidados. No entanto, o quadro piorou e uma semana depois, no dia 21 do mês, ele teve de ser intubado. O caso foi se agravando e o ator teve de fazer um tratamento alternativo de oxigenação por membrana extracorpórea (Ecmo), uma espécie de "pulmão artificial" usado em casos de pneumonia grave.
Durante o período de internação, ele chegou a apresentar melhora. Na tarde do último domingo (2/5), a equipe que acompanha Paulo Gustavo diminuiu o nível de sedação do ator, o que permitiu que Paulo acordasse e interagisse com o marido dele, o dermatologista Thales Bretas, e com médicos. No entanto, o caso do ator regrediu na noite deste mesmo dia quando "houve piora acentuada do nível de consciência e dos sinais vitais" após uma embolia gasosa disseminada causada por uma fístula bronquíolo-venosa.
Carreira
Formado em 2005 na Casa das Artes de Laranjeiras, o ator começou a carreira antes mesmo de se formar em 2004 no teatro, com o elenco da peça Surto. Ele seguiu carreira de sucesso em peças no Rio de Janeiro. Foi no teatro que começou a atuar como o personagem que mudou a própria carreira, a Dona Hermínia, criada por ele em 2004 e que se tornou a principal personagem de Paulo Gustavo. Ele escreveu um monólogo desta personagem baseada na própria mãe, Déa Lúcia Vieira Amaral.
Em 2013, Minha mãe é uma peça, que já havia ganhado o teatro, foi para as telas de cinema, tornando-se um sucesso. O longa teve sequência em 2016, com Minha mãe é uma peça 2, e em 2019, com Minha mãe é uma peça 3.
O humorista também apareceu em outras produções no cinema, como Os homens são de Marte... e é pra lá que eu vou, Minha vida em Marte e De pernas pro ar 2. Na TV, assumiu o programa 220 volts, do Multishow, em que interpretava diversos personagens em esquetes. Também foi o criador da sitcom brasileira Vai que cola, que também virou filme.
Vida pessoal
O ator se casou em 2015 com o dermatologista Thales Bretas. Em 2019, o casal anunciou que tinha tido dois filhos, Gael e Flora, fruto de um processo de barriga de aluguel feito nos Estados Unidos. Todo o nascimento dos dois foi acompanhado passo a passo pela mídia.
Confira a íntegra do boletim médico:
"Às 21:12h desta terça-feira, 04/05, lamentavelmente o paciente Paulo Gustavo Monteiro faleceu, vítima da COVID-19 e suas complicações.
Em todos os momentos de sua internação, tanto o paciente quanto os seus familiares e amigos próximos tiveram condutas irretocáveis, transmitindo confiança na equipe médica e nos demais profissionais que participaram de seu tratamento.
A equipe profissional que participou de seu tratamento está profundamente consternada e solidária ao sofrimento de todos."
*Estagiário sob supervisão de Roberto Fonseca
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.