INVESTIGAÇÃO

Babá de Henry Borel ainda pode ser indiciada por falso testemunho

Thayná de Oliveira Ferreira, que tem 25 anos e trabalhou como babá de Henry de 18 de janeiro até a morte do menino, em 8 de março, prestou dois depoimentos

Agência Estado
postado em 04/05/2021 20:42
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)
A babá de Henry Borel, menino de 4 anos morto vítima de agressões praticadas, segundo a polícia, pelo padrasto, o médico e vereador do Rio de Janeiro Jairo Souza Santos Junior, o doutor Jairinho, está sendo investigada pela polícia por falso testemunho.
Thayná de Oliveira Ferreira, que tem 25 anos e trabalhou como babá de Henry de 18 de janeiro até a morte do menino, em 8 de março, prestou dois depoimentos ao delegado Henrique Damasceno, da 16ª DP (Barra da Tijuca), responsável pela investigação sobre o homicídio. No primeiro, em 24 de março, afirmou que nunca tinha presenciado agressões a Henry nem brigas entre Jairinho e sua namorada Monique Medeiros, mãe do menino.
A polícia descobriu conversas pelo Whatsapp em que Thayná e Monique discorriam sobre agressões praticadas por Jairinho contra Henry, o que comprovou que a babá mentira. Jairinho e Monique foram presos em 8 de abril e no dia 12 a babá voltou à delegacia para se retratar. Ela afirmou que mentiu orientada por Monique e pelo então advogado do casal, por sentir medo: "Por ter visto o que Jairinho tinha feito contra uma criança, (a babá) ficou com medo de que algo pudesse acontecer com ela própria", registrou a polícia no depoimento.
Apesar da retratação de Thayná, ela ainda é investigada. "Existe sim um outro inquérito já instaurado sobre o crime de falso testemunho", afirmou nesta terça-feira, 4, o delegado da 16ª DP. "Mas no próprio depoimento ela demonstrou que tinha receio por sua integridade física. Possui vários familiares ligados ao investigado e à família", considerou Damasceno.
Quando concluir o inquérito, o delegado pode indiciar Thayná ou arquivar a investigação. Se for indiciada pela polícia e depois denunciada pelo Ministério Público do Estado do Rio e se tornar ré por falso testemunho, a babá pode ser condenada a pena de até quatro anos de prisão.
 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.