A advogada de Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, disse que sua cliente está sendo proibida de ver televisão e ter acesso a informações. Segundo Thaise Mattar Assad, Monique só teve noção de que o filho não morreu de acidente doméstico após ser pressionada a contar uma versão única sobre o caso.
As declarações foram dadas à jornalista Juliana Dal Piva, colunista do portal Uol. Segundo Thaise, Monique foi instruída a pedir para que babá de Henry, Thayná Ferreira, apagasse as mensagens que comprovavam agressões de Jairinho ao menino, morto no último dia 8 de março.
Segundo revelado na publicação, os advogados informam que Jairinho deu as ordens para Monique, com o objetivo de que o casal apresentasse um “enredo único”.
A advogada disse ainda que a professora foi proibida de ter acesso à família e ao carro. “Chegou um determinado ponto ali, de quando se aproximou de ela ir depor e tudo começou a tomar uma proporção maior do que o Jairinho gostaria, que ela ficou totalmente presa à família dele e ao enredo dele e a situação exposta da forma como ele gostaria. A Monique só conseguiu mudar de advogado depois que foi presa”, comentou.
Monique mudou o depoimento sobre a morte do menino na segunda-feira (26/4). Na nova versão, dada por meio de carta protocolada ao inquérito da polícia civil, Monique acusa Jairinho de tê-la dopado na noite em que Henry morreu.
“Ele ligou a televisão num canal qualquer, baixinho, ligou o ar condicionado, me deu dois medicamentos que estava acostumado a me dar, pois dizia que eu dormia melhor (Patz e Rivotril de 2 mg), mas eu não o vi tomando. Logo eu adormeci, acho que nem chegamos a conversar”, disse.
Em outro trecho da carta, Monique nega ter acobertado as agressões que o filho sofria. “Nunca encostei um dedo nele, nunca bati em meu filho, eu fui a melhor mãe que ele poderia ter tido”, afirma.