meio ambiente

Mourão quer ao menos 15% de queda no desmatamento até julho e fala em alongar GLO

Nesta semana, Mourão publicou o Plano Amazônia 2021/2022, que traz diretrizes para o combate ao desmatamento e queimadas

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira, 16, que o governo não descarta a possibilidade prorrogar a Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na Amazônia por conta do desmatamento. A alternativa está em estudo, segundo Mourão, que é presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal.
"Tem estudo para isso (prorrogar a GLO), caso a gente sinta que precisa reforçar aí as ações a gente solicita ao presidente para prorrogar. Por enquanto, está sendo estudado", disse em conversa com a imprensa na chegada ao Palácio do Planalto nesta manhã.
A prorrogação da GLO seria uma opção para o governo, caso a meta de redução do desmatamento não seja alcançada. "A minha visão é que temos que chegar a julho com no mínimo 15% de queda no desmatamento. Então, se eu não vou conseguir cumprir essa meta tenho que intensificar as ações", declarou Mourão.
O governo se organiza para a retirada dos militares da região amazônica a partir do dia 30 de abril. De acordo com o vice-presidente, contudo, a decisão pode ser revista com facilidade. "Isso aí tomada a decisão em 24 horas entra em ação", comentou em referência a uma possível determinação para prorrogar a GLO.
O vice-presidente disse ainda que não há uma definição sobre até quando a presença dos militares na região poderia ser prorrogada. "Pode ser só até julho. Tudo vai depender do que vai acontecer daqui para frente." No momento, as políticas ambientais do Brasil retomam ao foco internacional com a aproximação da Cúpula dos Líderes sobre o Clima na semana que vem.
Nesta semana, Mourão publicou o Plano Amazônia 2021/2022, que traz diretrizes para o combate ao desmatamento e queimadas. O documento foi alvo de críticas por propor uma meta baixa de redução do desmatamento ao volume dos níveis médios registrados entre 2016 e 2020. Em carta enviada ao presidente norte-americano Joe Biden, o presidente Jair Bolsonaro citou a necessidade "recursos vultosos" e o pagamento ao Brasil por seus serviços ambientais.