A nova defesa de Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel e que está presa acusada de participação na morte do menino de quatro anos, ocorrida em 8 de março, esteve na 16ª Delegacia de Policia do Rio (Barra da Tijuca), responsável pelas investigações, na tarde desta quarta-feira, 14. Os três advogados solicitaram um novo depoimento. Segundo eles, "chegou a hora de a Monique falar de maneira isenta".
O trio de advogados - formado pelos criminalistas Thiago Minagé, Hugo Novais e Thaise Mattar Assad - não quis dar maiores detalhes, mas deu a entender que Monique irá mudar o teor das declarações que deu em seu primeiro depoimento, prestado em 17 de março.
"Chegou o momento de a Monique falar, o momento de a Monique falar de maneira isenta. Ela vai ter a oportunidade de novamente prestar depoimento, e o que nós entendemos é que, nesse momento, ninguém pode falar em nome da Monique", disse Novais. "A estratégia que a defesa tem é única e exclusivamente uma: que a Monique diga a verdade"
Thaise foi um pouco incisiva. "Esperem, sentem e ouçam a Monique falar. Até agora falaram por ela. Por incrível que pareça, a situação é tão trágica que a prisão da Monique representa a sua libertação contra a opressão e o medo. Então deixem a Monique falar."
A mãe de Henry está em prisão temporária no Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói. No primeiro depoimento, ela negou saber de agressões ao filho e afirmou que, na madrugada de 8 de março, estava vendo TV em casa e, quando foi ao quarto, encontrou o filho passando mal.
Ela foi desmentida pela Polícia Civil, que encontrou mensagens em seu celular indicando conhecimento das agressões que seu namorado, o médico e vereador Jairo Souza Santos Junior, o dr. Jairinho, praticava contra Henry. Ele também foi preso temporariamente, na semana passada. A defesa dele nega as acusações.