COVID-19

Governo do Rio de Janeiro reconhece erro em campanha anticovid

O governo informou que retirou os anúncios da campanha e que fará "uma segunda fase" da campanha a partir de terça-feira. Homem foi retratado com a máscara virada de cabeça para baixo.

Uma campanha de incentivo à vacinação contra a covid-19 se tornou alvo de piadas na internet depois que alguns observaram o homem que a ilustra retratado com a máscara virada de cabeça para baixo. O episódio fez com que o governo do Rio de Janeiro se desculpasse neste domingo (11).

Intitulada "Rio abraça a vacina", o anúncio do governo estadual mostra um profissional de saúde com um jaleco branco que parece sorrir protegido com uma máscara PFF2, cujo clipe de metal - destinado a ser ajustado no nariz - é visto sob seu queixo.

"A máscara nesta propaganda parece... de cabeça pra baixo???? É sério isso?", tuitou Jandira Feghali, deputada federal e médica, uma das primeiras a comentar o erro.

"Eu acho que a foto da máscara invertida está perfeita! Afinal as coisas aqui no Estado do Rio estão realmente de cabeça para baixo. Nada mais representativo!", brincou outro usuário do Twitter.

"o Rio de Janeiro é o estado que nunca controlou a pandemia e essa máscara invertida mostra que a falta de cuidado é constante por parte de vocês", afirmou outro.

O escândalo fez com que as autoridades estaduais reconhecessem o erro.

"A @SaudeGovRJ agradece a observação de vocês. Nós, profissionais da Comunicação da @SaudeGovRJ e da Publicidade do @GovRJ, pedimos desculpas por não termos percebido esse equívoco no uso da máscara na campanha #RioAbraçaVacina", comentou a Secretaria de Saúde do estado no Twitter.

O governo informou à AFP que já retirou os anúncios da campanha e que fará "uma segunda fase" da campanha a partir de terça-feira.

A pandemia da covid-19 já tirou mais de 39.000 vidas no estado do Rio, um dos mais afetados do Brasil.

O governador em exercício, Claudio Castro, foi criticado por se recusar a cumprir as medidas para conter a disseminação do novo coronavírus, assim como seu aliado, o presidente Jair Bolsonaro.

O país registra mais de 350.000 mortes por covid-19, ficando atrás somente dos Estados Unidos, e enfrenta uma nova onda da doença que está colapsando o sistema de saúde.