A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) a dar início à produção nacional do Insumo Farmacêutico Biológico (IFA) da vacina de Oxford/Astrazeneca. A decisão faz parte do plano da Fiocruz de produzir a vacina contra a covid-19 inteiramente em solo brasileiro e pode diminuir a dependência dos insumos produzidos na China.
"A Anvisa aprovou, nesta sexta-feira (30/4), a produção do Insumo Farmacêutico Biológico (IFA) da vacina Covid-19 dentro do escopo de transferência de tecnologia da Astrazeneca para Bio-Manguinhos", informou a Anvisa, que publicou a decisão na noite desta sexta-feira, após uma semana de vistorias da documentação técnica e da planta industrial onde será produzido o IFA da AstraZeneca na Fiocruz.
Com isso, a Fiocruz poderá dar início à produção de lotes pilotos da vacina contra a covid-19 com o IFA produzido no Brasil. As vacinas serão destinadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) e serão testadas antes da produção comercial do imunizante. "Após a realização dos testes, a Fiocruz deve solicitar a inclusão do insumo no registro ou fazer um pedido de autorização de uso emergencial", destacou a Anvisa.
Por conta desse processo, a Fiocruz vai continuar produzindo vacinas com o IFA produzido da China por enquanto. Na semana passada, por exemplo, a Fundação recebeu 364 litros do insumo, suficientes para a produção de cerca de 8,9 milhões de doses. Também está prevista a chegada de mais quatro lotes de IFA da China até junho.
A Fiocruz já produziu 26,5 milhões de doses da Astrazeneca neste ano, todas com o IFA recebido da China. A Fundação também vinha trabalhando na transferência de tecnologia e na adequação do Centro Henrique Penna (CHP), localizado no Complexo Tecnológico de Vacinas (CTV) do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), no Rio de Janeiro, para dar início à produção nacional do IFA nos últimos seis meses. A nacionalização da produção faz parte do contrato assinado pela Fiocruz com a Astrazeneca ainda no ano passado.
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