Apesar de já observar uma queda nas notificações diárias da covid-19, o Brasil continua com um alto patamar de números da doença. Nesta terça-feira (27), mais 72.140 infecções e 3.086 mortes pela covid-19 foram confirmadas pelo Ministério da Saúde. Com isso, o país soma 14.441.563 casos e 395.022 mortes desde o início da pandemia.
Mesmo sem ter sido finalizado, abril se tornou o mês mais letal de toda a pandemia e deve atingir a marca de 400 mil mortes antes mesmo de seu fim. A previsão do Portal Covid-19 Brasil, iniciativa formada por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade São Paulo (USP), é de que o Brasil ultrapasse os 400 mil óbitos pela doença na próxima quinta-feira (29). Já a marca de 15 milhões de casos deve ser atingida logo na primeira semana de maio.
Os números diários um pouco abaixo das semanas anteriores reduziram a média móvel de casos e de mortes. De acordo com levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), a média de óbitos dos últimos sete dias está em 2.431, e de casos é de 56.927.
A preocupação dos especialistas é que o Brasil estacione em um alto patamar de notificações diárias. Mesmo com a diminuição vista nas últimas duas semanas epidemiológicas concluídas, os números são considerados altos. A semana epidemiológica 16, finalizada no último sábado (24), registrou 46.961 casos e 2.530 mortes a menos em comparação com a semana 15.
Ainda assim, o último Boletim do Observatório Fiocruz Covid-19, divulgado na sexta-feira (23), mostra que 14 estados e o Distrito Federal enfrentam taxas de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para adultos superiores a 90%. Outras sete unidades federativas apresentaram taxas de ocupação entre 80% e 89%, que é considerado um alerta de nível médio. Apenas quatro estados apresentam menores taxas entre 63% e 78%.
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