Vacinação contra covid-19

Decisão da Anvisa sobre Sputnik V é de natureza política, acusa Fundo Russo

Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), desenvolvedor do imunizante, diz que decisão da Anvisa de barrar importação da vacina russa é consequência direta de pressão feita pelos Estados Unidos

Maria Eduarda Cardim
postado em 27/04/2021 13:55 / atualizado em 27/04/2021 13:57
 (crédito: OLIVER BUNIC / AFP)
(crédito: OLIVER BUNIC / AFP)

Um dia após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rejeitar o pedido de importação da vacina Sputnik V, o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), desenvolvedor do imunizante, afirmou que a decisão da agência brasileira é de natureza política e, além disso, uma consequência direta da pressão do Departamento de Saúde dos Estados Unidos.

Segundo nota oficial do Fundo Russo, um relatório anual produzido pelos Estados Unidos, elaborado ainda no governo de Donald Trump, afirmou que o país buscou persuadir o Brasil contra o uso da vacina russa. “A intervenção externa é um dos elementos-chave para esse comportamento (da Anvisa)”, afirmou o CEO do RDIF, Kirill Dmitriev, em entrevista coletiva realizada na manhã desta terça-feira (27/4).

A nota divulgada pelo Fundo alega, ainda, que a decisão regulatória da Anvisa contradiz a decisão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, que “reconheceu a Sputnik V como uma vacina segura e permitiu a produção da vacina no Brasil”. Nessa segunda-feira (26), a pasta aprovou a liberação comercial da vacina russa.

O Fundo Russo de Investimento Direto irá continuar a trabalhar com o governo do Brasil, estados brasileiros e a União Química, farmacêutica responsável pela produção da vacina no Brasil. “A equipe da Sputnik V acredita que uma cooperação construtiva entre os países sem envolvimento político irá ajudar o mundo a derrotar a pandemia”, diz o documento.

 

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