Sem doses para dar continuidade à campanha nacional de imunização contra a covid-19, um quarto dos municípios brasileiros precisou interromper as aplicações da primeira aplicação, indica o novo levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), divulgado nesta sexta-feira (23/4). A pesquisa, que ouviu 2.096 cidades entre os dias 19 e 22 de abril, ainda aponta que pelo menos 745 municípios ficaram sem o kit intubação em algum momento em meio à nova onda de casos e mortes pelo novo coronavírus.
Na comparação com as semanas anteriores, a pesquisa revela uma melhora no cenário atual, "apesar de ainda ser preocupante", ressalta a CNM. Isso porque o risco de hospitais de 591 municípios ficarem sem medicamentos necessários para a intubação ainda é iminente. No início de abril, 1.207 cidades relataram o gargalo.
A quinta edição da pesquisa, que traça um panorama do enfrentamento da pandemia pelas cidades, aborda também o risco de ficar sem oxigênio. O número de municípios que relataram o risco também caiu se comparado com o número do início de abril. No início de abril, 589 cidades se preocupavam com uma possível falta do oxigênio, utilizado no manejo de pacientes da covid-19. Na semana passada, o número caiu para 391 municípios; nesta, 171 relataram esse risco.
“A falta de oxigênio é uma preocupação para 8,2% dos municípios pesquisados, o que indica que este problema semana a semana está sendo resolvido. Em 89,5% das cidades não houve esse risco nesta semana”, pontua a pesquisa.
Envio de remédios e oxigênio
O Ministério da Saúde anunciou que irá enviar, até o fim da próxima semana, mais 1,5 milhão de medicamentos de intubação aos estados que, por sua vez, repassam aos municípios. A remessa é proveniente de doação internacional e de empresas privadas nacionais. Um pregão internacional para a aquisição de novos insumos também deve fortalecer as estratégias.
“Nós temos adotado uma série de ações para aumentar a oferta, como a realização de um pregão. Também contamos com o apoio da indústria nacional, OMS/OPAS, e com a solidariedade de outros países que farão doações dos insumos ao Brasil. Estamos unindo forças para que não haja desabastecimento no mercado e que possamos vencer esta fase mais crítica”, disse o ministro Marcelo Queiroga.
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