violência

Pastor é preso suspeito de arquitetar assassinato da esposa com ajuda de amante

O pastor foi preso em Santa Catarina, estado onde aconteceu o crime. Já a amante foi encontrada escondida em uma igreja evangélica no Recife (PE)

Correio Braziliense
postado em 23/04/2021 12:12 / atualizado em 23/04/2021 12:26
 (crédito: Reprodução/Arquivo Pessoal)
(crédito: Reprodução/Arquivo Pessoal)

Três suspeitos de envolvimento no assassinato da atendente Mariane Kelly Souza, de 35 anos, foram localizados e presos em Santa Catarina e em Pernambuco. O marido da vítima, o pastor Joedison Santos, é o principal suspeito do crime, e teria contado com a ajuda da amante para assassinar a esposa.

Todas as prisões aconteceram na quinta-feira (22/4), 14 dias após o crime. De acordo com a Polícia Civil, o pastor Joedison, conhecido como Jota, foi preso na cidade onde aconteceu o homicídio, em Itajaí, em Santa Catarina. A amante, identificada como Shirlene Santos, foi presa após ser localizada escondida em uma igreja evangélica no centro do Recife, em Pernambuco. O terceiro suspeito preso, identificado como Lucas Fernandes, e genro de Shirlene, também foi encontrado em uma igreja, mas na Zona Oeste da cidade. 

Jota tinha uma relação extraconjugal com Shirlene, e segundo a polícia, os amantes planejavam ficar com a casa de Mariane para viverem juntos. O pastor estava foragido desde o dia do crime e antes de fugir chegou a fazer uma denúncia, alegando que a esposa estava desaparecida.

Um sobrinho de Shirlene, menor de idade, também teria participação no crime. A Polícia Civil de Pernambuco localizou a casa em que o menor estava, mas ele não se encontrava no local.

O crime

Mariane era natural da Bahia e tinha uma filha adolescente, fruto do casamento com o pastor Jota. Os três viviam no andar de cima de um sobrado, em Itajaí. Shirlene e o marido moravam no primeiro andar do imóvel.

Segundo informações da polícia, o pastor Jota e Shirlene viviam uma relação extraconjugal há cerca de três anos e que as traições eram motivo de briga constante entre o pastor e a esposa.

Os dois amantes, segundo informações, arquitetaram o crime um mês antes da execução. Todos os dias o pastor Jota, ia buscar a esposa numa cafeteria em que ela trabalhava com o veículo que seria da amante. No dia 8 de abril foi diferente, a própria Shirlene foi buscar Mariane.

De acordo com informações da polícia, Jota e Shirlene cooptaram, mediante promessa de pagamento, o genro e o sobrinho de Shirlene, - menor de idade - para a execução do homicídio.

Segundo informações, Mariane, sem desconfiar, teria entrado no veículo achando que o destino seria retornar para a sua casa. Dentro do carro estavam Lucas e o adolescente, escondidos. A vítima foi morta com 27 golpes de faca e seu corpo jogado em um rio da região.


Segundo relatos da polícia, durante o trajeto, o sobrinho de Shirlene teria tentado asfixiar Mariane com um pedaço de pano com thinner. A vítima teria se debatido dentro do carro em movimento, enquanto Lucas, desferia golpes com faca no pescoço, na cabeça, e em todo corpo.

O trio foi às margens do Rio Itajaí-Açu, divisa entre Itajaí e município de Navegantes, amarram os braços e pernas da vítima, e jogaram o corpo no local. Ao voltaram para casa se desfizeram das roupas e no dia seguinte se desfizeram do carro.

O Pastor Jota teria ficado em casa, administrando a ação por telefone. O homem, após a execução do crime, foi à delegacia fazer a denúncia de que a esposa estava desaparecida, e que teria sido vista entrando num carro desconhecido, para justificar o desaparecimento.

 

 

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