Caso Henry Borel teve novos desdobramentos nesta sexta-feira (16/4). À medida em que as investigações avançam, uma série de reviravoltas e também escândalos envolvendo o padrasto, Dr. Jairinho, a mãe da criança, Monique Medeiros, e a rotina da família vêm à tona. Débora Melo Saraiva, ex-namorada do vereador suspeito de matar o menino Henry Borel, de 4 anos, depõe novamente à polícia.
De acordo com a defesa da mulher, ela deve mudar o depoimento anterior e dizer que Jairinho agredia um de seus filhos, o que negou na primeira declaração. A ex-namorada chegou, nesta sexta-feira, à 16ª DP (Barra da Tijuca) para prestar um segundo depoimento na investigação da morte de Henry.
Após o caso ganhar repercussão, a especialista em direito penal Jessica Marques, do Kolbe Advogado e Associados, explica quais podem ser as penas aos suspeitos de terem cometido o crime, Dr. Jairinho e Monique, mãe da criança. “Eles foram presos temporariamente, essa prisão pode ser prorrogada por um período e eventualmente convertida em prisão preventiva. Após finalizar toda a etapa de investigação pela polícia, será realizado um relatório que será encaminhado ao Ministério Público (MP), e o ministério, após reavaliar todo contexto do relatório policial, vai oferecer denúncia contra os autores procurados em sede policial”.
Jessica afirma que se, eventualmente, houver uma condenação do suspeitos, sendo considerado homicídio qualificado, eles poderão responder por uma pena de reclusão de até 30 anos.
Peça-chave do caso
Segundo as investigações, os advogados de Leniel Borel informam que há outras testemunhas envolvidas no caso. Uma delas, que também prestou depoimento, é considerada peça-chave para solucionar o crime.
“Ela foi uma ex-namorada do Dr. Jairinho, que teve uma relação com ele e que durou por volta de uns dois anos, e que tinha uma filha de quatro anos de idade. Nesse período que ela teve essa filha e durante o tempo de relacionamento, a menina sofreu maus-tratos e tortura do Dr. Jairinho. Em função disso, abriram outro inquérito, que serviu de base para a prisão dele”, explica Ailton Barros, que, ao lado de Leonardo Barreto, foi contratado pelo pai de Henry.
Ainda de acordo com informações dos advogados, a testemunha é considerada uma peça- chave pelo fato de falar sobre o caso ainda antes da prisão de Jairinho. “Ela foi a primeira que veio a falar sobre os casos ainda com Jairinho solto. Ela falou: ‘olha, naquela época eu não falei, pois eu tinha medo que ele fizesse algo comigo’, mas ela falou, pois já não aguentava mais e queria se libertar disso. A filha dela era uma menina introspectiva e, depois que ela veio dar declaração em sede policial sobre o caso e acompanhada por psicólogos, a menina se libertou. E, depois, vieram os outros casos, como o da Débora e Ana Karolina (também ex-namoradas de Jairinho)”, explica Ailton.
O Correio tentou entrar em contato com a testemunha, mas até a publicação da reportagem, não obteve resposta.
*Estagiárias sob a supervisão de Andreia Castro
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