CASO HENRY

Advogado diz acreditar em Jairinho e Monique e alega 'sensacionalismo midiático'

Barreto também argumenta que as prisões seriam ilegais por falta de provas objetivas

Agência Estado
postado em 11/04/2021 15:25
 (crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil/ Fotos Publicas)
(crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil/ Fotos Publicas)
O advogado do vereador Dr. Jairinho (Solidariedade) e de sua mulher, Monique Medeiros, afirma que acredita nas palavras dos investigados quando dizem que são inocentes na morte do menino Henry, de 4 anos. "Essa é uma premissa do meu trabalho com qualquer cliente. Na medida em que entro numa defesa, o pressuposto é que estou transmitindo a verdade para as autoridades", afirma André França Barreto, dando a entender que deixaria o caso se visse mentira nos argumentos do casal.
Barreto também argumenta que as prisões seriam ilegais por falta de provas objetivas. "A juíza determinou a prisão sem apontar efetivamente quais seriam os embaraços às investigações. Tem que ter testemunha dizendo que foi efetivamente ameaçada, que houve algo concreto", alega.
Apesar de nenhuma testemunha ter afirmado que foi ameaçada, a polícia cruzou informações - como conversas via mensagem - com os depoimentos do casal para mostrar que Henry, filho de Monique e enteado de Jairinho, vinha sendo agredido em casa pelo vereador.
Questionado sobre a troca de mensagens entre Monique e a babá de Henry, Thayná Ferreira, o defensor diz que desconhece a autenticidade delas. "Só tenho notícia dessa troca de mensagens pela mídia", afirma.
Ao Tribunal de Justiça do Rio, Barreto disse que o "sensacionalismo midiático" influenciou a decisão da juíza de Elizabeth Louro, da 4a vara criminal, de determinar a prisão temporária do casal. Os advogados falam ainda em "comoção social", diante da morte do menino Henry Borel, de 4 anos, no habeas corpus apresentado na última sexta-feira, 9, em que pede a liberação de ambos.
Henry morreu no Hospital Barra D'Or, na zona oeste do Rio, no dia 8 de março, após ser levado pela mãe e pelo padrasto. À polícia, eles afirmaram ter encontrado a criança desmaiada no quarto, o que poderia ter sido provocado por uma queda da cama. A perícia do Instituto Médico Legal (IML) constatou, no entanto, múltiplos sinais de trauma no corpo do menino. A polícia suspeita que Henry tenha sido submetido a sessões de tortura por Jairinho.
Na última quinta-feira, 8, o vereador Jairinho foi levado ao Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona norte do Rio, e a mãe de Henry, para o Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói, na região metropolitana do Estado. A decisão de prendê-los foi tomada frente à possibilidade de estarem intimidando testemunhas e combinando versões.
 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.