Um casal foi preso, na manhã deste domingo (11/4), por estupro de vulnerável e produção e produção e difusão de pornografia infantil, em Araripina, cidade do sertão pernambucano. A vítima era a filha deles, de apenas cinco anos. A suspeita é que, desde agosto de 2020, o pai produzia vídeos e fotos de abusos sexuais da criança e postava o material para terceiros na chamada deepweb.
A Polícia Federal cumpriu dois mandados de prisão temporária contra os genitores, além de três de busca e apreensão nos municípios de Araripina e Caldeirão Grande do Piauí, no Piauí. Os detidos foram autuados e conduzidos à sede da Polícia Federal, em Salgueiro (PE), onde serão interrogados. O Conselho Tutelar de Araripina acompanhou a operação e obteve guarda temporária da vítima.
De acordo com o delegado regional de combate ao crime organizado da PF em Pernambuco, Alexandre Alves, a ação fez parte da Operação Protect I. "Os investigados foram presos e caso sejam condenados, poderão alcançar pena de até 33 anos de reclusão", aponta.
A operação foi possível a partir de uma força-tarefa, composta por policiais federais e civis, treinada para acessar o banco mundial de combate à pedofilia, mantida por autoridades de investigação de 61 países e pela EUROPOL.
O Brasil tem acesso à rede desde 2009 e é adepto da resolução 08 da Assembleia Geral da Interpol, de 2011, que institui parâmetros de proteção à vítima para conduzir e armazenar materiais referentes a investigações de abusos sexuais infanto-juvenis.
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