Enquanto enfrenta altos números de mortes e passos lentos na vacinação contra a covid-19, o Brasil ainda tem de lidar com outra preocupação de saúde pública: as variantes do coronavírus no país. Segundo informações disponíveis na plataforma da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) — que apresenta dados de sequenciamentos da própria Fiocruz em associação com outros institutos — existem no Brasil, desde o início da pandemia, 92 variantes da doença.
Pela maior taxa de transmissão, três cepas são apontadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como preocupantes: a variante amazônica (chamada de P1), a cepa britânica e outra variante sul-africana (B.1.351). Esta última ainda não foi incluída na lista das 92 cepas encontradas no país, a amazônica, entretanto, já foi encontrada em 21 estados, já a cepa britânica pode ser encontrada em 13 unidades da federação.
Segundo Júlio Croda, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e professor de Infectologia da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), a CNN, as variantes reforçam a importância das medidas de isolamento: “As outras (variantes) ainda não se mostraram detentoras de características como essas, com tamanha transmissibilidade. Mas ainda temos baixa cobertura vacinal. Isso reforça a importância do distanciamento, porque, quanto maior a transmissão e o contato, maiores as chances de uma nova mutação se estabelecer”.
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