A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta quarta-feira (31/3), o uso emergencial do imunizante contra o novo coronavírus produzido pela Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson. A aprovação foi concedida após todos os diretores da agência votarem a favor da autorização.
A decisão é feita por maioria simples, ou seja, de cinco diretores, três votos a favor ou contra definem o resultado.
Na terça (30), a agência concedeu o Certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF), documento necessário para a obtenção do registro de remédios e imunizantes no Brasil.
A Janssen possui contrato firmado com o Ministério da Saúde. O cronograma proposto pela Janssen ao governo federal, por exemplo, prevê a disponibilidade de 16,9 milhões de doses entre julho e setembro e outras 21,1 milhões de doses entre outubro e dezembro de 2021. A vacina, que se baseia na tecnologia de vetor viral não replicante, teve eficácia comprovada de 66% nos testes clínicos e prevê apenas uma dose.
Outras vacinas
Ao todo, cinco vacinas já receberam o aval da Anvisa para serem aplicadas na população brasileira. Enquanto a vacina Cominarty, da Pfizer, vacina da Universidade de Oxford/AstraZeneca, produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), conseguiram o registro definitivo, a CoronaVac, da Sinovac/Instituto Butantan, a Covishield, que foi desenvolvida pela Universidade de Oxford/AstraZeneca, mas é produzida no Instituto Serum, na Índia, e agora, a vacina da Janssen, possuem a autorização para uso emergencial.
Apesar de ter cinco vacinas aprovadas, a população brasileira só utiliza, neste momento, três: a Covishield, a vacina de Oxford/AstraZeneca e a Coronavac. Isso porque o governo federal só fechou o contrato para a compra da vacina da Janssen e da Pfizer no início deste ano, e as doses devem chegar ao país só nos próximos meses.