A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou no último sábado (27) à noite que emitiu exigências para a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) após analisar o pedido de realização de estudos clínicos das fases 1 e 2 da vacina Versamune-CoV-2FC, imunizante desenvolvido em parceria com a farmacêutica brasileira Farmacore e a americana PDS Biotechnology.
Conforme a agência, “as exigências não suspendem a análise das demais informações apresentadas pelas desenvolvedoras” da vacina contra covid-19 que poderá ser a primeira brasileira. O governo federal, que a financia, anunciou na sexta-feira (26) que havia solicitado à Anvisa a autorização para fazer testes clínicos em humanos. A documentação foi protocolada na agência um dia antes, na quinta-feira (25). A agência, na nota publicada em seu site, não especificou quais exigências foram feitas à USP.
Conforme a agência, “as exigências não suspendem a análise das demais informações apresentadas pelas desenvolvedoras” da vacina contra covid-19 que poderá ser a primeira brasileira. O governo federal, que a financia, anunciou na sexta-feira (26) que havia solicitado à Anvisa a autorização para fazer testes clínicos em humanos. A documentação foi protocolada na agência um dia antes, na quinta-feira (25). A agência, na nota publicada em seu site, não especificou quais exigências foram feitas à USP.
O anúncio do governo federal sobre a Versamune se deu depois que o governo de São Paulo, de João Doria (PSDB) informou ao lado do Butantan, na sexta-feira (26), que o instituto está desenvolvendo uma vacina desenvolvida 100% nacional apelidada de Butavac. No mesmo dia, o Butantan informou ter protocolado junto à Anvisa o pedido para dar início aos testes clínicos do imunizante.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, informou na sexta-feira que a pasta investiu em 15 protocolos diferentes de vacinas no Brasil, e que três (incluindo a Versamune) fizeram os testes com animais e estão entrando para fase de testes em voluntários. “Temos os recursos para financiar esses testes clínicos, que vão ser feitos com 360 pessoas", informou o ministro na ocasião.
Pontes afirmou que a fabricação nacional da vacina é estratégica. “Primeiro, porque existem mutações de vírus, então tendo o controle completo da vacina podemos adaptar isso com a nossa tecnologia. Segundo, porque fica mais barato. Terceiro, lembrar que o desenvolvimento dessas tecnologias vai apoiar, não só a vacina da Covid, mas também teremos a tecnologia para desenvolver rapidamente outras vacinas nacionais para outras pandemias e, finalmente, isso é uma estratégia de soberania nacional”, disse.