Pandemia

Covid-19: SP bate novo recorde de mortes diárias com 1.193 óbitos

Diante dos altos números de casos e vidas perdidas, o governo de São Paulo prorrogou por 16 dias a fase emergencial de enfrentamento à covid-19, com restrições de circulação e atividades

O estado de São Paulo, epicentro da doença no Brasil, atingiu nesta sexta-feira (26/3) um novo recorde negativo dos números do novo coronavírus ao registrar 1.193 mortes pela covid-19, o maior número já confirmado em 24 horas desde o início da pandemia.

Com isso, o estado soma 70.696 vidas perdidas para a doença. É a segunda vez nesta semana que o estado vê o número de óbitos ultrapassar o patamar dos milhares.

Na última terça (23), SP registrou 1.021 mortes e puxou para cima o número de óbitos registrados em todo país. Na ocasião, o Brasil compilou a maior notificação diária de fatalidades pela covid-19 em toda a pandemia com 3.251 vidas perdidas em decorrência da infecção.

Por isso, com a nova alta de mortes registradas em São Paulo, estado que puxa boa parte das atualizações brasileiras, a expectativa é de que o país atinja novamente nesta sexta-feira (26) a marca de 3 mil óbitos no balanço nacional feito pelo Ministério da Saúde. Os números nacionais são divulgados no final da tarde.

Lockdown

Para tentar conter o avanço da doença no estado, o Governo de São Paulo prorrogou a fase emergencial de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus até o dia 11 de abril. A fase, que está em vigor desde 15 de março, tem medidas mais rígidas de restrição de circulação e também estabelece um toque de recolher entre 20h e 5h em todos os 645 municípios paulistas todos os dias.

Segundo o coordenador do Centro de Contingência do Covid-19 de São Paulo, Paulo Menezes, já foi possível observar uma redução da velocidade de crescimento dos números da covid-19 no estado. “Temos ainda uma situação de aumento progressivo de casos, internações e mortes, mas em uma velocidade um pouco menor do que a que a gente tinha no início desse período”, disse durante coletiva de imprensa do governo paulista.

No entanto, ainda foi necessário prorrogar por mais 16 dias a fase emergencial. “Nós acreditamos que ao longo desse período vamos começar a observar uma redução progressiva no número de casos graves”, completou Menezes.

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