Em entrevista ao CB.Poder, parceria da TV Brasília com o Correio Braziliense, o brigadeiro Jeferson Domingues de Freitas, comandante de Operações Aeroespaciais da Força Aérea Brasileira, afirmou que a prioridade da Força, neste momento, é salvar vidas. Ele comentou o trabalho da corporação no transporte de pacientes que precisam ser transferidos para UTIs de outros estados, bem como o envio de medicamentos para regiões distantes do país. A entrevista foi ao ar nesta quarta-feira (17/03).
Freitas explicou que o trabalho na Força Aérea é ininterrupto. “O comando de operações aeroespaciais é um comando conjunto permanentemente ativado, que significa que tenho militares não apenas da Força Aérea, mas também do Exército e da Marinha, que trabalham junto conosco em um leque de missões. Dentre essas missões, eu falo do apoio a diversas operações, como Acolhida e a Verde Brasil”, mencionou.
Mas o militar destaca a assistência às vítimas de covid. “A Força Aérea está engajada de corpo e alma nessa missão, nós estamos trabalhando coordenados pelo Ministério da Defesa junto com o Ministério da Saúde e com outras Forças nesse combate. Isso significa que todo planejamento, toda a coordenação, execução e controle dessas missões passam por nós”, esclareceu.
Domingues de Freitas conta que o Ministério da Defesa ativou 10 comandos conjuntos espalhados pelo Brasil. “Temos comandos em Manaus, Belém, Recife, Brasília, Porto Alegre, São Paulo, enfim, temos 10, no total, que recebem as demandas das secretarias de saúde dos seus estados de atuação. Essas secretarias, junto com a de Saúde, traçam as necessidades priorizadas no momento, encaminham ao Ministério da Defesa, que nos encaminha”, detalhou.
Horas de voo
No período de um ano, a FAB voou em torno de 5 mil horas para atender um total de 5.500 pessoas. “Só nesses últimos dois meses que estamos atuando em apoio à Região Norte, nós voamos cerca de 2.500 h, metade do que voamos em um ano inteiro em apenas 2 meses. Isso demonstra o trabalho, a quantidade de pessoas envolvidas nessa operação”, exemplificou o brigadeiro.
“Nós já transportamos mais de 40 usinas de oxigênio para a Região Norte. São demandas que nós temos atendido, hospitais de campanha, equipamento de proteção individual, médicos para complementar aquele apoio. Então é tudo isso que é transportado”, afirmou Domingues de Freitas.
Em relação às vacinas, o brigadeiro disse que a FAB transportou mais de 40 toneladas de imunizantes. "Transportamos com 7 aeronaves para distribuir as vacinas onde a aviação comercial não estava chegando. Atualmente nós temos empregado helicópteros, porque nas capitais, grandes municípios brasileiros, a questão está sendo até normal. Mas nós temos focado principalmente para as comunidades indígenas, que não têm outro meio de transporte", ressaltou.
Para assistir à íntegra da entrevista, clique aqui.
* Estagiária sob supervisão de Carlos Alexandre de Souza