Com a aproximação de mais um feriado nacional, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, externou a preocupação em relação ao aumento da circulação de pessoas e organização de eventos familiares que facilitem a disseminação da covid-19. "Esta Semana Santa é um ponto forte de risco", frisou o médico, durante audiência, nesta segunda-feira (29/3) para tratar dos temas de enfrentamento à pandemia, no Senado.
Por se tratar de um feriado cristão, o ministro pretende realizar um "chamamento à toda nação cristã que é o Brasil — apesar de o Estado ser laico, os brasileiros são cristãos —, para que os brasileiros se conscientizem da importância de usar a máscara". Segundo Queiroga, uma ação estaria sendo articulada com o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Joel Portella.
Em meio ao iminente desabastecimento de medicamentos e oxigênio e com unidades de saúde funcionando no limite máximo da capacidade, o ministro pediu a colaboração da sociedade para reduzir os riscos de contaminação durante o feriado. "Para conseguirmos reduzir esta calamidade pública, nós temos de investir nas medidas de redução da circulação do vírus; evitar aglomerações; distanciamento social; uso das máscaras", enumerou.
Para poder estimular as medidas, o ministro garantiu aos senadores que está trabalhando em uma "ampla campanha publicitária acerca da vacinação, do uso de máscaras e dos outros meios que são úteis para o combate e a circulação do vírus". A estratégia, no entanto, começou internamente, com a determinação clara e incisiva da obrigatoriedade das máscaras nas dependências da pasta.
Apesar de se posicionar contrário a um lockdown nacional, Queiroga ressaltou a necessidade de se fazer cumprir medidas restritivas mais fortes que sejam decididas por cada estado ou município, de acordo com a situação sanitária. "Essas medidas de restrições mais fortes, quando aplicadas, têm que ser em nível do local, em um momento epidemiológico mais severo. Não se pode preconizar, de maneira horizontal, medidas de restrição severa, porque isso seria uma situação que não traria benefícios. Além disso, agravaria por demais a questão econômica do país", ponderou.
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