O youtuber Felipe Neto criou uma frente de advogados para oferecer defesa gratuita a pessoas que forem processadas e investigadas por críticas ou manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro. Segundo o jornal Folha de São Paulo, a organização Cala a boca já morreu poderá ser utilizada por qualquer um que não tenha condições de contratar um advogado.
Integrada pelos escritórios de André Perecmanis, Augusto de Arruda Botelho, Beto Vasconcelos e Davi Tangerino, que estão entre os mais respeitados especialistas no tema, a equipe pode ser acionada em uma página na internet.
"O Cala-Boca Já Morreu será um grupo da sociedade civil que vai lutar contra o autoritarismo e que será movido pelo princípio de que quando um cidadão é calado no exercício do seu legítimo direito de expressão, a voz da democracia se enfraquece. Não podemos nos calar. Não podemos deixar que nos calem e não vamos”, afirma o youtuber.
A decisão foi tomada após Felipe ser intimado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (15/3) para depor em investigação por suposto crime contra segurança nacional. O pedido da investigação foi aberta após Carlos Bolsonaro (Republicanos/RJ) denunciar o youtuber por ter chamado o pai do vereador, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de genocida no Twitter.
1) Um carro da polícia acaba de vir na minha casa.
Trouxeram intimação p/ q eu compareça e responda por
CRIME CONTRA SEGURANÇA NACIONAL
Pq chamei Jair Bolsonaro de genocida.
Carlos Bolsonaro foi no mesmo delegado q me indiciou por "corrupção de menores".
Sim, é isso mesmo. pic.twitter.com/nhMugYfc8c— Felipe Neto (@felipeneto) March 15, 2021
O vereador foi ao mesmo delegado que acusou o influenciador por suposta corrupção de menores em novembro do ano passado. Felipe Neto deve comparecer nesta quinta-feira (18/3) na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) do Rio de Janeiro para prestar depoimento.
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