Presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, é alvo de investigação pelo Ministério Público do Trabalho, que apura denúncias de prática de assédio moral contra os servidores da fundação. Os relatos dão conta que ele estaria praticando perseguição ideológica a trabalhadores que tinham opiniões e posições políticas e ideológicas divergentes das do presidente do órgão. O processo passará pela etapa de colher depoimentos e dez servidores e ex-funcionários serão ouvidos para detalharem os episódios.
As denúncias foram recebidas em julho de 2020 e a Fundação se recusava a enviar informações necessárias para o prosseguimento do inquérito, como a lista de funcionários e seus respectivos contatos. Assim, foi aberto pelo MPT um processo de Produção Antecipada de Prova para que o envio dos documentos fosse enfim realizado. Para os promotores, a denúncia e os fatos apresentados são graves e violam a Constituição Federal.
Ainda em julho de 2020, a promotoria solicitou explicações sobre uma declaração em que Sérgio Camargo nega a existência do racismo e a importância do movimento negro para o Brasil. Na ultima semana, três diretores da Fundação Palmares pediram demissão de seus cargos por alegarem não haver espaço para diálogo, inviabilizando o desenvolvimento dos trabalhos.
Através de sua rede social Sérgio Camargo se pronunciou sobre a investigação aberta pelo Ministério Público do Trabalho. “Exonero esquerdistas. Nomeio direitistas. Desaparelhar o órgão é meu dever. Nomear em cargos de confiança é minha prerrogativa", comentou.
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