Pelo terceiro dia seguido, o Brasil contou mais de duas mil mortes por covid-19. De acordo com o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), o país registrou 2.216 óbitos decorrentes da doença e 85.663 novos casos nas últimas 24 horas. Em relação ao contágio, foi a segunda maior quantidade de casos já registrados — o recorde aconteceu em 7 de janeiro, quando 87.843 pessoas foram infectadas.
No acumulado, 275.105 brasileiros morreram vítimas do novo coronavírus e 11.363.380 tiveram o diagnóstico confirmado. De acordo com o Conass, a média móvel de casos — que leva em consideração números dos últimos 7 dias — já ultrapassa 70.500 mil, e a de óbitos encontra-se em 1.762. O Sudeste registrou o maior número de casos (29.542) nesta sexta, e 891 óbitos ocorreram na região. O Sul do país aparece em seguida, com 22.334 casos e 492 vítimas.
A semana mais letal de covid no Brasil registrou entre os dias 6/3 até hoje, 12.335 vítimas da doença. A pior semana, até então, havia ocorrido entre os dias 28/02 e 5/3, onde 8.545 óbitos foram registrados. De acordo com Boletim realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e divulgado hoje, o Brasil responde por 9,5% dos casos registrados no mundo e 10,3% do óbitos global — o relatório indica que o resultado seria o mesmo “ainda que a população brasileira corresponda a menos de 3% da população mundial”.
O Boletim informou, ainda, que, no último período analisado pela Fundação, apenas o estado do Pará reduziu a ocupação de leitos de UTI. "Somente o Pará apresentou melhora para saída da zona de alerta crítico e retorno à zona de alerta intermediário. Dezessete estados e o Distrito Federal mantiveram taxas iguais ou superiores a 80%, e mais dois estados somaram-se a eles, resultando em um total de 20 unidades federativas na zona de alerta crítico, das quais 13 com taxas superiores a 90%. Seis estados que se mantiveram na zona de alerta intermediária ( 60,0% e < 80,0%) apresentaram crescimento do indicador”, apontou o documento.
Sem cenário de melhora
Pesquisadores observam que o Brasil nunca alcançou uma redução significativa na curva de transmissão. Segundo os dados coletados pela Fiocruz, há uma progressão clara de novos casos e óbitos a cada dia, o que empurra os sistema de saúde dos estados e municípios em direção ao colapso.
“O melhor que podemos fazer é esperar pelo milagre da vacinação em massa ou uma mudança radical no manejo da pandemia", comenta o epidemiologista da Fiocruz/Amazônia Jesem Orellana.
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